manda quem tem juizo esquece quem é louco
Manda quem tem juízo e esquece quem é "louco"
Por: jsterquini e Tico
Hoje um senhor transferiu uma tarefa muito importante, eu imagino. Importante para quem delegou e relevante para quem teria que atuar para realizar os desejos do jovem senhor. Imagina que ele é um escritor de ponta! "Quem é o escritor de ponta?" Os dois são amadores. Mas isso não é preciso colocar na crônica.
E quem escreve tem sempre alguma mania, seja amadora ou não. Clarice Lispector, por exemplo, acordava as cinco da matina e colocava a máquina de escrever no colo. Qual seria a mania desse jovem senhor que atribui a seu filho uma missão possível?
Uma mania de pai é claro!
"E a mania do filho?" poderia questionar um curioso.
A mania do filho era tornar a mania do pai numa coisa fora do mapa. Porque a mania de pai é diferente da mania de um escritor, assim como a mania de filho é dar o golpe no pai.
Mas como o filho é um escritor esquisito demais, diz-se um leitor, um retirante nas linhas de qualquer escritor, quis retirar-lhe do pai a mania da ordem mapeada pelos burgueses. Mas levaria um pouco mais de tempo até o pai se desligar completamente do juízo e passar para o lado do filho.
Mas vamos continuar sem muita profundidade, pois isto aqui é uma brincadeira. E filosofar não é mais coisa de louco, e sim de simpáticos Doutores de Universidade. Por este motivo o filho se tornou poeta! Poeta é quem mais tem manias de se perder do costume.
E não importa se é mania ou não, o que é verdade é. Apenas atribuiu uma missão simples. Como comandante bonzinho, fez o garoto corrigir o texto que ele compusera. Mas o texto era comprido, havia oito páginas de folha A4.
O garoto já tinha seus dezesseis anos , tinha namorada e muitas outras paradas! Ele tinha coisas a fazer com a namorada, que era ex, na verdade, mas gostava de procurar o safadinho do menino.
Conclusão de louco é que o pai estava no messenger desde cedo a espera do texto. O filho que já não tem mais juízo corrigiu apenas dois parágrafos. O pai disse ao filho sem jeito:
— Manda quem ainda tem juízo, e se esquece quem do juízo nem se lembra.
O filho era poeta!