UM CASAMENTO REAL
Abril fechou de forma inusitada.
O casamento mais esperado do início deste século quebrou todos os protocolos. O noivo, um príncipe, não podendo olhar para trás, usou como retrovisor seu irmão mais novo que, mostrando-se eufórico naquela função, contava o tempo para chegar a sua vez de ser o ator principal. Na saída da mesquita, o desfile pelas alamedas arborizadas de Londres, fez lembrar os contos de fada, no final da alameda ao término da floresta, o príncipe viraria sapo, a plebéia virando bruxa e a carruagem virando abóbora. Para o bem de todos e felicidade geral da corte isto não aconteceu por causa do longo beijo de quase um segundo e repetido, a pedido dos mortais, para que fosse gravado para a eternidade nos mais longínquos condados. O vestido da noiva teve como principal destaque a comparação com o vestido da lady Diane e da Grace Kelly. Vale a pena destacar o girassol que se movia harmoniosamente pela nave da abadia, era o majestoso e insuperável chapéu da rainha Elizabeth II. No final da festa, como nos finais dos filmes de Hollywood, o mocinho e a mocinha entram num carro conversível e saem em disparada pela avenida aparecendo em suas costa a palavra the end.
Quando as cortinas se fecharam, na corte, os tupiniquins assistiram outra cena, numa arena, onze baleias devoravam onze bambis sob os aplausos de mais de quarenta mil testemunhas.