O QUÊ É SUA VIDA?
“Antes de nascer a criança já viveu e a morte não é o fim. A vida é um evento que passa como o dia solar que renasce”.
Essa reflexão remonta três mil anos e está inserida em um papiro egípcio.
Sua vida é uma sucessão de vidas. Avança como o dia solar, vai e volta renascida.
Há compreensão para esse estado de coisas? Muito pouco, e lamenta-se a limitação da inteligência, ela se retrai e vacila diante de temas grandiosos e insolúveis. Difícil sinalizar essas verdades, não são simples, herméticas à inteligência, movimentaram e movimentam o mundo que pensa e pesquisa, e sucumbe entre dúvidas.
Muitos com proveito se lançam na direção da fé para compreenderem essas barreiras. Submetem-se à contemplação. Encontram uma paz intensa, sem o calor da vida sanguínea e apaixonada; é o preço da visão de outras planícies...
Fica engolido o tempo, nessa ordem de pensamentos, pela ficção, surpreso o questionador, perplexo em avançar e recuar nas migalhas conseguidas. Nascer e renascer como o sol......um infinito.
Há força e temperança na máxima, sabedoria enfim, o sol é vida, traz vida, a vida dele necessita, é calor, pulsa.
Mas o dia solar é breve como a vida? Diante do tempo infinito, sim. E a vida seria eterna como o tempo, e o tempo armazena o que somos, energia. O sol é energia, imensa, como o é a vida.
Quantas interrogações se colocam antes da aceitação dessas vidas sucessivas como o sol? Quanto já se filosofou e escreveu em termos de ciência e religiosidade sobre esse ciclo acreditado por uns e expurgado por outros? Com qual proveito?
Se ninguém pode afirmar, confirmando e provando essas vidas sucessivas, nos retornos apontados pelo papiro de 3.000 anos e em tantas outras cerebrações, como se posicionar?
A caminhada é espinhosa e sofrida a quem se entrega a esse mistério, e alguns mistérios como este são inexpugnáveis. Na fé se entende a vedação de conhecimento de outras luzes, embora possa parecer cega. Se perguntamos a razão, mais ainda se alongará o labirinto.
Se ninguém sabe o que procura, fique certo que não sabe o que pode achar.
Não há maior dor que se saiba do que ver morrer um filho, e não mais se vive, pois viver na saudade é viver no passado, e quem vive de saudade, não caminha, não sabe o que acontece no dia de hoje e nada espera do futuro, não terá surpresas, boas ou más, já viveu o que vive, um passado que é presente atroz.
Mas existem retornos provados, e conscientes da vida anterior, detalhadamente descrita. Tenho crônica escrita sobre tanto, “REENCARNAÇÃO. PROVAS OU COINCIDÊNCIAS”, visível às folhas 7 de meus textos "mais lidos".
Nascer todo o dia como o sol seria a maior das vidas, a vida brilhante que foge das sombras, que rebrilha onde atinge e faz nascer muitas vidas.