À procura de um amor
O que será esse sentimento tão forte que chamamos de amor, que todos nós sentimos?
Como ele nasce? Como ele cresce?
Tenho certeza que nasce da nossa insegurança. E como disfarçamos essa insegurança... Não queremos que descubram o nosso olho pedinte, carente mesmo.
E não deixamos que o outro perceba. O homem é o mais farsante. Se é alguém que estudou, que foi melhor educado, ele sabe mascarar muito bem. Faz logo poemas! Defende teses. É como ele encobre a sua criança em desamparo. Uma pena que as pessoas não percebam essa carência, que começa no olhar que pede socorro. Esse olhar que pede aprovação era o que mais comovia o Artur da Távola. Ele escreveu sobre esse pedido de aprovação. O olhar mediúnico dele conseguia ver essa solicitação de aprovação até no pedido de uma vaguinha para entrar no elevador.
Essa necessidade de aprovação, penso, é que nos faz amar, enveredo por esta explicação. – Como você pode saber? – pergunta a leitora curiosa e desconfiada.
Muito simples: quando olhamos para nós mesmos, vamos encontrar de alguma forma, uns mais, outros menos, este sentimento de carência de que estou falando. Quanto mais carente, mais eu amo! E mais fácil fica errar de amor.
Quando alguém nos oferece a mão, presta atenção em nós, o amor começa a crescer. Começa o afogueamento, a palpitação e o chão some. O moço ou a moça desabam, acabam as defesas. É por isso que o amor é o tema mais obsessivamente analisado na vida.
O Cordel Encantado, novela que está, infelizmente, nos últimos capítulos na TV Globo, mostrou fabulosamente estes encontros e desencontros amorosos, amores bandidos e até amores que mereciam dar certo, tanto com pessoas casadas como entre solteiros.
Casais que não se amam mais. Atrações repentinas que surgem. Namorados com as namoradas erradas e vice-versa.
Eu, particularmente, estou numa torcida louca pelo Petrus com a Florinda.
Petrus, infeliz no seu casamento, e Florinda que mantinha um casamento acomodado . O marido de Florinda, notando a paixão de sua esposa por Petrus, afasta-se de casa, com um incrível amor generoso, uma rara exceção, para que a esposa possa saber a quem ela ama verdadeiramente.
Nunca vi uma novelinha das seis da tarde retratar tão bem esse novelo sentimental de nossas vidas. Essa procura da nossa outra metade, como diz a sabedoria popular. Gosto de teatro e de apreciar a atuação dos artistas. Por isso faço essa concessão para as novelas das seis, cujos autores não usam de recursos patológicos para produzirem suas novelas.
Quando o encontro amoroso consegue acabar, ou pelo menos diminuir a carência, o amor cresce e dá certo. Nem sempre isso acontece e este Cordel Encantado continua pela vida a fora. E haja poesia, e haja encontros, e haja desencontros...
Gdantas
O que será esse sentimento tão forte que chamamos de amor, que todos nós sentimos?
Como ele nasce? Como ele cresce?
Tenho certeza que nasce da nossa insegurança. E como disfarçamos essa insegurança... Não queremos que descubram o nosso olho pedinte, carente mesmo.
E não deixamos que o outro perceba. O homem é o mais farsante. Se é alguém que estudou, que foi melhor educado, ele sabe mascarar muito bem. Faz logo poemas! Defende teses. É como ele encobre a sua criança em desamparo. Uma pena que as pessoas não percebam essa carência, que começa no olhar que pede socorro. Esse olhar que pede aprovação era o que mais comovia o Artur da Távola. Ele escreveu sobre esse pedido de aprovação. O olhar mediúnico dele conseguia ver essa solicitação de aprovação até no pedido de uma vaguinha para entrar no elevador.
Essa necessidade de aprovação, penso, é que nos faz amar, enveredo por esta explicação. – Como você pode saber? – pergunta a leitora curiosa e desconfiada.
Muito simples: quando olhamos para nós mesmos, vamos encontrar de alguma forma, uns mais, outros menos, este sentimento de carência de que estou falando. Quanto mais carente, mais eu amo! E mais fácil fica errar de amor.
Quando alguém nos oferece a mão, presta atenção em nós, o amor começa a crescer. Começa o afogueamento, a palpitação e o chão some. O moço ou a moça desabam, acabam as defesas. É por isso que o amor é o tema mais obsessivamente analisado na vida.
O Cordel Encantado, novela que está, infelizmente, nos últimos capítulos na TV Globo, mostrou fabulosamente estes encontros e desencontros amorosos, amores bandidos e até amores que mereciam dar certo, tanto com pessoas casadas como entre solteiros.
Casais que não se amam mais. Atrações repentinas que surgem. Namorados com as namoradas erradas e vice-versa.
Eu, particularmente, estou numa torcida louca pelo Petrus com a Florinda.
Petrus, infeliz no seu casamento, e Florinda que mantinha um casamento acomodado . O marido de Florinda, notando a paixão de sua esposa por Petrus, afasta-se de casa, com um incrível amor generoso, uma rara exceção, para que a esposa possa saber a quem ela ama verdadeiramente.
Nunca vi uma novelinha das seis da tarde retratar tão bem esse novelo sentimental de nossas vidas. Essa procura da nossa outra metade, como diz a sabedoria popular. Gosto de teatro e de apreciar a atuação dos artistas. Por isso faço essa concessão para as novelas das seis, cujos autores não usam de recursos patológicos para produzirem suas novelas.
Quando o encontro amoroso consegue acabar, ou pelo menos diminuir a carência, o amor cresce e dá certo. Nem sempre isso acontece e este Cordel Encantado continua pela vida a fora. E haja poesia, e haja encontros, e haja desencontros...
Gdantas