ABRINDO O PEITO


 

 
 
Bem desesperada e hoje é 14/09.

É que aqui, onde só tenho a companhia de Tintim, tenho a impressão de que se eu for para a companhia das três gatas Neném, Branquinha e Pitim e a gente se enrolar de tanta ternura, e aquelas patinhas macias e delicadas misturada aos meus pés, acho e espero que eu me sinta mais humanizada, mais concreta e real. Credo! Estou falando virtual até comigo mesma.

Em verdade estou perdendo a vontade de escrever. Penso. Reflito, pensando é uma maior rapidez de colocação de todas as questões. Não resolverei nada indo pra lá, mas acho que terei menos solidão junto aos cães queridos, ao meu ar de lá, às arvores refrescando tudo.

Eu queria um homem.

Um poeta de preferência, não para ele dizer versos para mim, não é isso, seria por ser poeta, que poeta é um bicho homem mais doce, um coração mais nobre e muita sensibilidade de dizer as coisas, sintonia de que eu preciso, quando não agüento mais a solidão humana.

Tal homem não faria sexo. Nem maldade comigo. A gente antes de tudo ia confiar e conversar, talvez juntinho e tocando as mãos com todo amor do mundo, ia passar compreensão um para o outro. Seria uma paz. Ficaríamos um bom tempo em silêncio. Um silêncio comungado. Quando a vontade de falar alguma coisa viesse, diríamos.

Mas o silencio com a presença já é uma fala maravilhosa.