PEDIDOS PARA A FEITICEIRA


Nos anos 90 costumava ir a restaurantes com música ao vivo, ouvir MPB e ainda bater palmas para cantores geralmente conhecidos. A noite era divertida e o couvert era pago sem lamentações. Podia até fazer pedido de uma ou outra música que desejava ouvir e a cantora dava conta. Não é que me pediram uma crônica a estilo Marília de outras datas? Foi por isso que me lembrei destes momentos de pedir música. Mas que Marília é essa de outras datas? Bem sei que continuo a mesma, exceto no quesito sonhos. Já quanto à escrita, espero que não tenha piorado e tudo não passe de um momento de saudosismo. Mas e a crônica que me pediram? Danada como eu sou eu bem que poderia caprichar e deixar alguém feliz. Comecei a crônica. Parei no meio, pois ela estava ficando muito bonita. Mais bonita que devia! Parei. O que é isso?! Crônica, novela ou poesia? Crônica, consolo ou paisagem de bom belo dia? Crônica ou verdades escondidas? Decididamente era melhor abandonar o texto pela metade. Metade palavras bonitas, metade palavras verdadeiras, metade de uma metade descendo uma ladeira. Talvez rimar exercite turbilhões de metades, mas como para tudo há paciência deixo um ponto aqui. Já a crônica fica para outra hora, que agora vou para a vassoura abandonada pela faxineira. Vai que ela me transforma em uma feiticeira que consiga escrever crônicas só de primeira. Aí sim! Atenderia pedidos do mundo inteiro. E se o mundo pedisse que eu desse uma descansada eu diria: Na na ni na não! De qualquer forma, enquanto o texto não sai, fique com o meu I love you.

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Marília L Paixão
Enviado por Marília L Paixão em 14/09/2011
Reeditado em 14/09/2011
Código do texto: T3219170
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