O Poder e a Expectativa
“... nada dá mais poder ao homem do que ser igual aos demais...”
Há um mês exatamente, Fidel Castro fez 85 anos. Ninguém pode negar que são muitos anos de muitas lutas. Não fiquem me olhando como se eu fosse um Ornitorrinco no Zoológico. Vou falar de Fidel Castro sem a preocupação do que vai ocorrer na cabeça de cada um. Mas nunca se esqueça: “Quando algo é feio, ou realmente é feio ou então os olhos de quem está vendo está com defeito”. Durante quase a vida toda conhecemos e soubemos tudo sobre Fidel Castro com os olhos dos Americanos. Então tá: Ernesto “Tchê” Guevara, médico e revolucionário Argentino, face às notícias da luta de uma facção cubana contra o ditador Fulgêncio Batista, resolveu ir pra Cuba lutar ao seu lado. Pouco se sabia a respeito do “Herói” (a não ser do ponto de vista dos Americanos). Com mais alguns amigos empreenderam viagem pelas Cordilheiras dos Andes em direção a América Central. Muito tempo depois (meses) entraram num vale e tiveram notícias que as tropas revolucionárias estavam acampadas às margens de um regato. Quando se aproximaram notaram a presença de toscas barracas de campanha. Perguntaram pelo Comandante e lhe apontaram uma barraca bem maior. Devia ser o alojamento DELE. Não era. Era um refeitório, quase às escuras. Procuraram por uma mesa em destaque onde poderia estar o CHEFE. Nada que destacasse foi notado. Outra pergunta. E o grandalhão cozinheiro, de barba rala e de boné, foi indicado. Estava esquentando macarrão e servindo de prato em prato aos soldados. Naquele dia “Tchê” conheceu definitivamente seu COMANDANTE SUPREMO. (oldack/14/08/011).