OLHA A CORUJA... CLIC!
— Então, dona Sabina, como é mesmo essa história?
— Uai, minina... Êssis dia pa tráis ieu tava oianu o retratim da sá Juaquina du Tõi Indeleço e num é qui a muié bateu as bota dois dia dispôis?
— Jesus! E foi mesmo?
— I foi, sá! Ói procê vê si pódi... Dispôis cunteceu ca Lena du Mané...
— Com a Lena também?
— Cum a Lena... Ieu percuranu uns dicumentu pu Zé, vi lá o retratim dela. Num deu nada... Ela cumeçô caquela corca de rim e lá pu huspitale memo ela ficô...
— Gente! Impressionante, dona Sabina!
— Num ti contu mais... Têvi tomém o minino du cumpádi Niculau...
— O Zé Eustáquio?
— Intão, o Zé Ostaco memo! Arreparei o retratim dêli lá na parêdi da sala num dumingu, na sigunda, a nutiça...
— É... Eu me lembro...
— U pobri laía do armoço condo a bicicreta perdeu us frêiu... Disastri mortáli! U’a dó! Um rapaiz tão nôvu, sá...
— Dona Sabina! A senhora tem é visão das coisas... Nossa!
— Num pareci?
—....
— Minina...
—...
— Ô minina, uai, cê tá ca cabeça nas nuve?
(“nas nuve”, não, dona Sabina... Tô com a cabeça é naquela excursão que a gente fez lá na Serrinha. Será que tirei “argum retratim” com a senhora? Eu, hein?)
*Dizem que coruja é ave de mau agouro... Eu não sei de nada rsrs.