"Quem eles pensam que são?"

Sou professora de escola pública estadual. Sou filha de professores aposentados. Sou paranaense e posso dizer que, por ter vivenciado, junto ao meu pai, as batalhas dos professores daqui, entendo, portanto, o que os professores mineiros estão vivendo, bem como professores do Brasil todo.

No último dia 30, famigerado 30 de agosto, paralisamos como forma de reavivar um passado cheio de lutas e sofrimento, quando professores paranaenses foram atacados, a mando do governo da época, quando, em greve, em frente ao Palácio do Governo, protestavam contra o ridículo salário e as péssimas condições de trabalho.

Hoje, lutamos para preservar o que já nos foi garantido e avançar nas conquistas, pois sabemos que a Educação é a principal forma de transformação de uma Nação. É o que garante a cidadania, a preservação dos direitos e a efetiva prática dos deveres.

Não há mais como a sociedade brasileira aceitar que a corrupção e a ganância, nos meios políticos, minem o essencial a cada cidadão brasileiro: a dignidade.

Imprescindível se faz a conscientização da necessidade da Educação ser mais valorizada e respeitada e, portanto, todos os profissionais que atuam nela.

Não há mais como aceitar tanto descaso.

Segundo o jornal O Tempo (on line):

"Em nota, o Governo de Minas afirmou que, na última reunião entre representantes dos professores e do estado, intermediada pelo Ministério Público Estadual, o procurador-geral de Justiça, Alceu Torres Marques, apontou que o valor de R$ 712,20 oferecido como vencimento básico mínimo a ser pago aos servidores da educação atende ao que é estabelecido em acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) para o piso nacional dos professores."

Na oportunidade, o Governo apresentou proposta de um valor de Piso de R$712, a partir de janeiro de 2012, desconsiderando o tempo de carreira e o grau de escolaridade. A direção estadual do Sind-UTE/MG explica porque não atende. “A proposta nada mais é que o achatamento da carreira, não está aplicada a tabela de vencimento básico vigente e ela contemplaria apenas o professor, excluiria outros categorias de educadores. O Governo não apresentou proposta para os cargos de suporte à docência e, por isso também não cumpre a Lei .”

Reportagens na íntegra:

http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=129401

http://www.grevedosprofessores.com/

Tirem suas próprias conclusões...