PEDRO E O CRISTIANISMO NASCENTE

___”Pedro, priorize os “filhos do Calvário” antes de pensar nos teus caprichos”!

Era Jesus aparecendo na hora precisa, num momento crucial onde o ex-pescador de Cafarnaum refletindo ponderadamente no meio do “fogo cruzado” em que se achava devido às questões de ordem religiosa, dentro do núcleo cristão de Jerusalém e que se repetia em todos os outros, se vê profundamente sensibilizado pelo quadro das recordações das necessidades humanas que deveriam ser prontamente priorizadas.

E foi neste instante que ele decididamente resolve direcionar todo o seu empenho em viver à serviço do Mestre.

De um lado, Tiago, ainda ligado ao judaísmo, seguidor de Jesus, porem resistente às mudanças irrestritas; do outro Paulo, inflexível, inconformado com a postura passiva de um Pedro que dava mostras de uma certa inclinação às antigas tradições judaicas. No centro este mesmo Pedro e sua igreja, sobrecarregada de dívidas, sendo socorrido financeiramente pela sinagoga, compromissado em levar adiante o Evangelho de Jesus e solicitado para resolver umas das maiores discordâncias daquelas contendas naqueles núcleos cristãos: a situação da conversão dos gentios ao cristianismo sem antes tornarem-se judeus.

Fazendo uso da política da “boa vizinhança” uma arma estratégica, moderador e de espírito conciliador que era, deu demonstração de um verdadeiro discípulo que aprendeu a lição com o mestre e a utiliza na prática.

E esta postura maleável foi significativa, pois sinalizava aos extremistas, preocupados com esta questão também relevante, mas não mais que os propósitos ensinados e recebidos de Jesus, que este sim superava toda e qualquer luta ideológica, convencionalismo humano ou radicalismo dogmático.

A sua liderança, e longa experiência, determinaram o seu comportamento naquele instante importantíssimo para a conservação do movimento renovador que traria as diretrizes comportamentais para toda a humanidade.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 12/09/2011
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