Um novo olhar sobre Maria Madalena    


    Edson Gonçalves Ferreira



        Depois de ter lido o livro “Código Da Vinci”, de Dan Brown, bem como ter feito várias leituras de outros livros sobre a vida dos discípulos de Jesus e, por fim, ter saboreado e, muito bem, as páginas do livro “Maria Madalena”, de Margaret George, com tradução de Jô Amado, fiquei feliz de ver que eram certas as minhas eternas preocupações de que Maria Madalena foi uma discípula de Jesus, filho de José e de Maria.


       
           Em momento algum, minha fé como católico foi atingida, porque, desde criança, criado pelos franciscanos e, depois, vivendo entre os beneditinos, tive acesso a vários livros que contam a história dos grandes homens e das grandes mulheres da Cristandade, mas, antes de tudo, explicitam que eles foram homens, de carne e osso como qualquer um de nós e, talvez aí, quem sabe – embora eu tenha a certeza – resida toda a grandeza de seus atos.



        A escritora Margarete George escreveu um romance sobre a vida de Maria Madalena e não uma biografia científica. Em momento algum, ela afirma que a sua história é a verdadeira, mas que procurou traçar o perfil da Maria Madalena que acompanhou Jesus, depois de ter sido abençoada por Ele. Naquela época, as mulheres eram perseguidas e, até hoje, podemos notar que ainda existem preconceitos em cima das mulheres, embora elas sejam sagradas e indispensáveis em nossas vidas.



         A escritora Margarete George fez pesquisas e mais pesquisas para, depois, desenvolver a sua história sobre Maria Madalena. Ela cria a personagem Maria Madalena, tornando-a, desde menina, amiga do menino Jesus Cristo e, inclusive, Maria Madalena participa da ida Dele com a família para Jerusalém quando, segundo outro livro, a Bíblia, Ele teria desaparecido e, depois, encontrado no templo, conversando com os doutores. A construção da personagem Maria Madalena, então, se dá de outra forma diferente dos evangelhos aceitos pela Igreja Católica.



          Uma coisa, contudo, é incontestável e nenhuma autoridade, até o Papa, não pode apelar: Maria Madalena foi perdoada por Jesus e, depois, com certeza, seguiu Seus Passos e, portanto, ela se tornou mesmo discípula de Cristo e, se foi uma mulher letrada como idealizou Margarete George, pode ter escrito seu testemunho que, se encontrado, virá apenas nos dar uma nova dimensão da maravilha que foi conhecer e, inclusive, poder tocar na figura de Jesus Cristo, Nosso Senhor e, então, quem sabe, a figura das mulheres será mais enaltecida na história da Cristandade e da Humanidade.  Elas merecem, sem dúvida, não?


Texto publicado no Jornal Agora, em Divinópolis
, em 2010.
edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 12/09/2011
Reeditado em 12/09/2011
Código do texto: T3215163
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