Uma Grande Ausência
Buenos Aires, uma fabulosa Metrópole que muitos no mundo inteiro consideravam como a Capital da América do Sul, devido ao seu avanço em todos os sentidos: na indústria, no ensino, nas artes, na saúde e no lazer. Motivo muito forte para isso era a assimilação com um modo de vida europeu.
O futebol, desde a década de 1930, se destacou nas Américas. Já em 1926 a maioria dos Clubes de futebol da Argentina havia aderido ao profissionalismo, tendo Clubes como o Club Atlético River Plate se tornado muito poderoso, desde então, decorrente do poderio econômico de muitos de seus dirigentes, era chamado de “Os Milionários”.
Então, esta crônica é dedicada ao River, pela sua ausência na Primeira divisão do Futebol argentino pela primeira vez, em 2011, motivado pela péssima colocação nos últimos campeonatos passados associado à equivocadas gestões administrativas.
Historicamente, o Club Atlético River Plate sempre foi muito bem administrado. De alguns anos até esta data foi caindo, deixando de ser aquela poderosa equipe de futebol. O River sempre representou a força do futebol argentino. Quantos craques passaram pelas suas fileiras. E, apenas para ilustrar esta crônica, vou citar alguns quadros do River Plate, quase sempre base da seleção da Argentina.
Em 1937, o River tinha Sirni, Vassini e Cuello; Minéla, Malazzo e Wergifker; Peucelle, Vascheto, Barnabé Ferreyra, Moreno e Adolfo Pedernera, um esquadrão. Em 1941, já um pouco renovado tinha Barrios, Vaghi e Cadilla; Yácono, Rodolfi e Ramos; Munhoz, Moreno, D´Alessandro, Labruna e Peucelle.
Em 1942, o River Plate foi aquela famosa máquina de fazer gols (recebeu a denominação de “la Máquina”). Contava com Barrios, Vaghi e Ferreyra; Yácono, Rodolfi e Ramos; Deambrossi, Moreno, Pedernera, Labruna e Lostau. O River foi o grande bicampeão argentino (1941/42).
Em 1945, novamente o River assombrava a todos com Soriano, Vaghi e Rodriguez; Yácono, Néstor Rossi e Ramos; Munhóz, Gallo, Pedernera, Labruna e Lostau. Em 1947 o River, foi novamente campeão com Grisetti, Vaghi e Ferreyra, Yácono, Néstor Rossi e Ramos; Reyes, Martinez, Di Stéfano, Labruna e Lostau.
Em 1955, o River outra vez base da Seleção Argentina tinha Carrizo, Venini e Vairo; Mantegari, Nestor Rossi e Sola; Vernazza, Sívori, Válter Gómez, Labruna e Zárate. Equipe que foi bicampeã em 1956 com Carrizo, Vairo e Perez; Mantegari, Nestor Rossi e Omar Rossi; Menéndez, Sívori, Prado, Labruna e Lostau.
Bem, tentei mostrar a todos um pouco do grande Club Atlético River Plate, grande campeão, numa épocaonde só haviam feras no futebol mundial.
Hoje Buenos Aires está mais triste pois sem o River o Campeonato da Primeira divisão não será o mesmo. Mas acreditamos que na segunda divisão seus jogadores irão encarnar os grandes craques do passado como Angel Labruna, Adolfo Pederneira, Alfredo Di Stéfano, Néstor Rossi, Peucelle, Jose Maria Moreno, Barbabé Ferreyra, Felix Lostau, Rodolfi, Minela, Omar Sivori e tantos outros. E esperamos que em 2012 possamos ver o Club Atlético River Plate de volta à Primeira divisão argentina, que é o seu lugar.