COMEÇAREMOS A LUTA, MAS SOMENTE DEPOIS DA NOVELA DAS OITO
Cordial, camarada, acolhedor... Essas denominações, normalmente, caracterizam o brasileiro ao olhar estrangeiro. A um olhar mais arguto daquele que vive no País, frente à situação calamitosa das instituições sociais, é de se perguntar: não será o brasileiro um povo acomodado? Se compararmos a reação dos povos de outros países observaremos que a nossa é bem passiva, que só há mobilização quando os meios de comunicação induzem o povo. Somos realmente submissos?
Os brasileiros, em geral, depositam a confiança nos políticos e aguardam, acomodados, as cenas dos próximos capítulos da vida do País. Essa passividade do povo é uma porta aberta para os maus políticos que deitam e rolam nas águas turvas da corrupção. A impunidade os protege e os eleitores os reelegem... O povo tem mania de pensar que a coisa pública não é dele. Gosta de mostrar que é brasileiro na Copa do Mundo e no carnaval, mas quando o assunto é cidadania não há mobilização. Torce por um candidato do BBB ganhar um milhão, gasta tempo e seu suado dinheirinho preparando o carnaval, é patriota ao extremo nos campeonatos de futebol. A velha mentalidade de que tendo cerveja e futebol no fim de semana está tudo bem!
O povo brasileiro tem que começar a cobrar os seus direitos, exigir que os seus eleitos cumpram horário como qualquer trabalhador, que cumpram as promessas de campanha, que legislem em prol da sociedade... Afinal, são pagos por nós e muito bem pagos! O mínimo que deveríamos fazer é não reeleger os sem palavra, os ladrões de colarinho branco. Assim, aos poucos, eles iriam desaparecer da
política nacional.
Investir em Educação, preparar a população para a construção de um Brasil melhor seria o ideal mas, para isso, teríamos que reivindicar, nos mobilizarmos, nos unirmos. Se para a legalização da maconha tanta gente se reuniu, porque não poderia acontecer o mesmo em prol de causas básicas para o povo como Educação, Saúde, Segurança? Se esperarmos que essas mudanças venham "de cima", estaremos no céu tocando harpa com os anjos e, olhando para baixo, pensaremos que o Brasil estagnou. Déjà vu!