"Crônica" da Vida de um Lápis

"Crônica" da Vida de um Lápis

Nasci em uma cidade no interior da França, em uma plantação de madeira ecológica. Minha mãe era enorme, e dela nasceram vários iguais a mim. Sou preto com escritos dourados, simples ao ver humano, mas meu grafite é dos bons, quebrou-se poucas vezes e meu risco é fácil de ser apagado. Porém as pessoas não se importam com isso, escolhem sempre os mais coloridos, com desenhos, brilho, a marca é muito importante... E com isso esquecem que o mais importante é o que temos na ponta.

Tenho um dono ótimo, que, felizmente, dá o valor que mereço. Todos os finais de tarde nós vamos a um Café, no centro da cidade, à beira de um rio, e por lá trabalhamos por horas. Ele com sua mão macia me desliza sobre o papel com suavidade. Na hora de irmos embora ele me guarda em um saquinho preto de veludo com a borracha.

Mas não são todos os lápis que têm a mesma sorte que eu. Alguns são abandonados em gavetas, em estojos, em portas-lápis, em caixas e para sempre são esquecidos.

Minha trajetória pelas folhas de papel já se foi, mas deixei para você lindas histórias, imortais histórias, que poderão ser encontradas em todo o mundo. É claro que essas, estarão impressas, mas não se esqueça que tudo começou através de um lápis.

FIM

**Esse modesto texto é dedicado a todos nós, escritores, que usamos das letras para tornar os nossos dias e os dias alheios com mais sentimentos, cor e emoção.Buscando a maneira simples de ser feliz.

Com carinho,

Obrigada.

Letícia Soto Riva
Enviado por Letícia Soto Riva em 10/09/2011
Código do texto: T3212326