15 minutos sem viuvinha
Estou a fazer uma rapidinha pra vocês. Crônica expressa. Nunca fiz isso antes, escrever uma crônica em 15 minutos marcados.
Estou aqui na rodoviária de Portinho sendo assaltado em três reais pra usar 15 minutos de Internet, que é quanto cobram aqui e é o tempo que eu tenho pra escrever antes de pegar meu ônibus pra Charky City.
Para o título em relação ao tempo disponível lembrei do livro, se não me engano agora, do José de Alencar: Cinco minutos, a Viuvinha. Faltam exatos 10 minutos pro meu tempo acabar.
Logo, em 15 minutos não vai ter nenhuma viuvinha, pois não sou o José de Alencar que fazia chover em cinco, isso se o livro é dele mesmo.
Cinco minutos... a viuvinha... Será que o Zé fez uma rapidinha com uma viuvinha em cinco minutos e se inspirou pro livro? Claro que não né, bobagem minha, escrevi isso porque foi o que me veio a mente agora.
Faltam 8 minutos.
Portinho fica lotada nas sextas, a rodoviária, o metrô, e as pessoas ficam mais selvagens com a correria e o amontoado de gente: os caras ficam mais caras-de-pau em não ceder e até em pegar lugar das damas no metrô; as vendoras de bilhetes na rodoviária estão nervosas e são muito pouco cordiais, parecem que estão a atender com muito incômodo. E vai ver estão mesmo, né.
Faltam cinco minutos!
Buenas, agora estou indo pro fim dessa crônica expressa, dessa rapidinha literária.
Putz, três pila pra usar 15 minutos de Internet!!! Seu Veppo, seus sucessores estão roubando a gente na sua rodoviária. Acham que sou rico? Se fosse, viria de helicóptero ou de Ferrari, não de ônibus.
Faltam três minutos.
Buenas, tenho que enviar a crônica antes do término do tempo, o que quer dizer que o texto não terá os 15 minutos prometidos no título. Não me processem porisso nem reclamem no Recanto, please.
Um abraço.
Até sexta-feira que vem, ao final de tarde com outra crônica. Dessa vez será a tradicional pensada e escrita bem antes.