AMANTES DA LEITURA

Um jornal de Belo Horizonte, certa vez noticiou o seguinte fato:-Para testar o gosto dos mineiros pela leitura, uma pessoa deixou em um banco da Praça da Liberdade um livro para ver o que aconteceria.Lá aconteceram várias coisas até que um levasse o livro.Estávamos em um bar na Praça Cônego Lopes, em Calambau, quando saiu este assunto. Um amigo nosso que mora em Vitória no Espírito Santo, se propôs a arranjar um livro e fazer o teste em nossa Praça.

O amigo arranjou um livro e deixou-o em um dos bancos da Praça.Nós ficamos, de longe no bar olhando o que iria acontecer.Vária pessoas passaram e nem deram bola para o livro.Passou uma senhora de idade, parou, pegou o livro e o folheou e colocou-o novamente no banco.Depois veio um menino, abriu o livro, sacudiu-o e o colocou também no banco.Um dos que estavam no bar concluiu: ele sacudiu o livro na esperança de cair algum dinheiro....Depois de muito tempo, sai da Igreja um senhor da zona rural, tão logo o viu um outro da turma disse:-Aquele senhor, pelo que o pessoal comenta, gosta muito de ler.Ficamos na expectativa e não deu outra: o senhor apanhou o livro examinou as folhas,colocou-o debaixo do braço e foi em direção à ponte, que era o caminho de sua casa. O rapaz que havia colocado o livro no banco comentou: Estão vendo só, jamais iria imaginar que aquele senhor gostasse tanto de ler e olha que passaram por ali pessoas tidas como amantes da leitura...depois de elogiar tanto o senhor, o nosso amigo resolveu ir até à ponte e cumprimentar o “amante do livro”.Andou depressa para alcançá-lo.Qual não foi a sua surpresa ao chegar à ponte e não ver o homem.Ficou por ali sem saber o que havia ocorrido.De repente sai em um dos banheiros públicos que ficam na entrada da ponte o nosso leitor, com o livro debaixo do braço,cumprimentou o nosso amigo, foi até na beirada da ponte e jogou o livro no rio. Por que o senhor fez isso? È voz geral na cidade que o senhor gosta muito de ler, interpelou o amigo. Olha moço, gosto muito de ler. Acontece que quando saí da Igreja me deu uma dor de barriga danada...Saí depressa para ir ao banheiro público, passei pela praça, vi o livro sobre o banco e pensei vou pegar este livro porque pode não haver papel higiênico no banheiro.Assim fiz , peguei o livro, fui ao banheiro, arranquei umas folhas do livro, usei-as e como livro faltando folhas não vale nada, joguei-o ao rio. O nosso amigo chegou ao bar e disse para a turma: dizem que o nosso povo gosta muito de ler, mais desta vez o “desarranjo intestinal” falou mais alto...

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murilo de calambau
Enviado por murilo de calambau em 09/09/2011
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