NÃO ERA O QUE PARECIA.
A casa ficava em um sitio.Estava sempre com portas e janelas fechadas e parecia abandonada. Mas sabíamos quem morava lá..Era a Dona Carolina, uma mulher sozinha, elegante e perfumada. Sempre que passávamos por lá, minha curiosidade era alertada pela presença de um cavalo encilhado, certamente esperando pelo seu dono. Mas não era sempre o mesmo animal. Naquela época, quem tinha um cavalo era pessoa de posses. Não ousava perguntar nada para meus pais mas intuía que ali havia um mistério.. Um belo dia, meu pai disse que precisava cobrar uma conta de Dona Carolina e que ia até o sitio dela. Implorei para ir junto e meu pai consentiu. Quando entramos na casa, a sala me pareceu a ilustração daquelas de contos de fadas. Fiquei fascinada e mais curiosa para ver tudo. Enquanto meu pai confabulava com Dona Carolina, dei uma escapada e fui até o quarto. Que cama enorme! Com finos lençóis bordados e um perfume... Que perfume embriagador! Na cozinha, uma bela mesa com arranjos florais belíssimos para uma menina que não conhecia muita coisa alem do sitio de seus pais. Foi lá que meu pai e Dona Carolina me encontraram. E ela, com toda elegância serviu-nos guaraná com bolachas. Quando voltei da aventura, contei o que vi para minha irmã mais velha e sem cerimônia ela disse que Dona Carolina era a dama do lugar e sua casa era um ponto de encontro para os homens que lhe pagavam por algumas horas de prazer.. Entendi o suficiente para perceber que nem tudo é o que parece ser.
A casa ficava em um sitio.Estava sempre com portas e janelas fechadas e parecia abandonada. Mas sabíamos quem morava lá..Era a Dona Carolina, uma mulher sozinha, elegante e perfumada. Sempre que passávamos por lá, minha curiosidade era alertada pela presença de um cavalo encilhado, certamente esperando pelo seu dono. Mas não era sempre o mesmo animal. Naquela época, quem tinha um cavalo era pessoa de posses. Não ousava perguntar nada para meus pais mas intuía que ali havia um mistério.. Um belo dia, meu pai disse que precisava cobrar uma conta de Dona Carolina e que ia até o sitio dela. Implorei para ir junto e meu pai consentiu. Quando entramos na casa, a sala me pareceu a ilustração daquelas de contos de fadas. Fiquei fascinada e mais curiosa para ver tudo. Enquanto meu pai confabulava com Dona Carolina, dei uma escapada e fui até o quarto. Que cama enorme! Com finos lençóis bordados e um perfume... Que perfume embriagador! Na cozinha, uma bela mesa com arranjos florais belíssimos para uma menina que não conhecia muita coisa alem do sitio de seus pais. Foi lá que meu pai e Dona Carolina me encontraram. E ela, com toda elegância serviu-nos guaraná com bolachas. Quando voltei da aventura, contei o que vi para minha irmã mais velha e sem cerimônia ela disse que Dona Carolina era a dama do lugar e sua casa era um ponto de encontro para os homens que lhe pagavam por algumas horas de prazer.. Entendi o suficiente para perceber que nem tudo é o que parece ser.