ANDANÇAS : ESCOLHENDO O COMPASSO

            Existe uma cidade ‘sui  generis’ no Brasil : a capital. Lá não existem florestas e nem o mar. Nela também não sopra o minuano e nem florescem os cactos.  Ela fica em um plano alto e central, e de lá só se assistem maravilhas.

            Lá, ontem, dia de solenidade, a paz quase foi perturbada. Imagine só, não é que alguns índios nativos de outras terras e de outros  pontos cardeais pintaram as suas caras e saíram por aqueles eixos monumentais fazendo manifestação social! ( VIVA! ALELUIA!, comentário pessoal meu interferindo no texto)
            É, mas a Rainha de Copas desse reino encantado ( a presidenta , ela mesma),nada escutou . Pelo menos é o que dizem, as más línguas.
             O problema é que enquanto o povo marchava a pé, transpirando pelo chão, ela passeava de ‘ Rolls Royce’ dentro de muros de concreto ! ( Fiquei pasma!)
              Eles finalmente começaram a clamar por justiça, embora ainda sem saber bem como, enquanto ela ainda não sabe muito bem o que fora fazer ali! Acho que ela ganhou o cargo de presente, e eles devem estar começando a sentir fome.
               Bem, uma marcha ainda é só um compasso binário. É pouco para se fazer um conserto e um concerto. Mas estou entrando nessa para  contribuir para o compasso ternário. Quem sabe trago mais uma tribo comigo!

           PS: Ia esquecendo. BEIJOS, ou seja, convites para participar e escrever mais. Aguardo te ver por aí)



                                              ( do livro  Andanças)