Um homem insaciável

HH saíra da cadeia pela tarde, fora preso por ter maus costumes, transava com quase todas as mulheres que conhecia, seu critério elástico abrangia negras, gordas, velhas, deficientes, casadas, solteiras e o que mais tivesse entre as pernas um espaço para acomodar seu volumoso ferrão.

Na mesma tarde, sua mãe levou-o a igreja, o fez prometer que mudaria de vida dali em diante, comportaria-se como bom cristão e arrumaria uma moça decente que após o casamento lhe saciaria tanta volúpia sexual.

HH andou uns tempos contido, sem misturar-se com fêmea de qualquer natureza, e isso lhe fora extremamente penoso.

Certo dia na igreja conheceu Magda, moça crente e séria que logo se enamorou dele, mas não da forma libertina a que estava habituado, começaram um namorico que até aquele momento HH nunca imaginou que existisse: segurar nas mãos, beijos sem emoção na face, sexo só depois de unirem-se na casa de Deus e muita oração com leitura bíblica, digo-lhes logo, caros leitores, aquilo não duraria muito tempo. Após uma das intermináveis orações de joelho, pegou Magda pelas mãos levando-a até a cozinha e disse-lhe: "minha pequena, não aguento mais de desejo, casa comigo amanhã ou melhor, hoje ainda..."

Magda aceitou: "sim claro, vou avisar à todos os irmãos, para que venham..." Não terminou a frase e o velho HH estava de volta beijando aquela boca virgem de Magda, lambendo-lhe os lábios como se fosse uma fruta saborosa, descia as mãos pelo seu corpo inexplorado, Magda respirava profundamente com aquela sensação gostosa que vinha de dentro, algo novo para aquela morena colossal, até então escondida sob largos vestidos, um vulcão adormecido e cheio de lava fervente...

HH fez seu trabalho. Descabaçou Magda na cozinha que chorava baixinho de dor, mas não gritava para que os irmãos não a ouvissem, depois que gozou HH garantiu-lhe que casariam dali uns dias e essa era mesmo sua real intenção.

Na manhã seguinte foi à padaria tomar um conhaque escondido, prazer que em sua nova vida cheia de restrições lhe seria possível apenas na clandestinagem. Voltando para casa, já com a alma leve pelo Dreher encontrou a famosa prostituta Ana Bailune, uma mulher bonita de olhar pervertido dos seus quarenta e poucos, mas com a vagina viçosa e cheia de caldos, estremeceu, lembrou-se das tantas vezes que havia transado com Ana, sem pagar nada, apenas porque ambos morriam de tesão um pelo outro, disse-lhe Ana provocativa "olá senhor H. Haller, como foi a temporada na cadeia, deu prá conter a sede do lobo doente por sexo com aqueles outros machos fedidos?"

"não quero conversar contigo Ana, sou um novo homem, vou me casar inclusive, sabia?" respondeu HH.

Ana olhou para seu membro que já se agigantava dentro das calças e ele não pôde resistir...arrastou-a pelos cabelos curtos até sua casa e treparam furiosamente, como nos velhos tempos.

Magda decidiu naquela manhã que lhe faria uma surpresa, iria a sua casa sem dizer nada para que provasse um pão de batata que fizera com muito orgulho, queria que HH acordasse bem alimentado com um pãozinho quentinho.

Quando entrou na sala, Ana masturbava-o com os pés enquanto ambos gemiam como dois bichos selvagens, Magda parou horrorizada com a cena e foi embora correndo, chorando, decepcionada em seu coraçãozinho puro. HH não a procurou para desculpar-se, sabia que seria inútil, não por causa de Magda, mas por causa dele próprio, um Lobo Selvagem...

Homem de preto
Enviado por Homem de preto em 06/09/2011
Reeditado em 06/01/2012
Código do texto: T3204557
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