HOMENAGEM A FREDDIE MERCURY

O ano era 1981. Local: o estádio do Morumbi, em São Paulo. Público:130 mil pessoas. Não, não era um jogo de futebol. Era a música que emocionava e ultrapassava o limite entre o físico e o espiritual. No centro, uma figura enchia o palco com seu carisma e sua voz potente. Freddie Mercury, ao som da Banda Queen, cantava, acompanhado pelo coral das 130 mil vozes, "Love of my life". Com sua voz poderosa e incrível domínio do palco, Freddie era uma das poucas pessoas que conseguia ter uma multidão inteira na palma de sua mão.

Seu estilo irreverente escondia ainda aquele menino tímido, nascido em Zanzibar, e que pousou na Londres do rock, em 1964. Nasceu como Farokh Bommi Bulsara, em 05 de setembro de 1945. Um pouco antes do lançamento do primeiro disco do Queen, ele decidiu mudar seu sobrenome para Mercury. Em 1970, conheceu Mary Austin com quem manteve uma relação que durou até quando Freddie assumiu sua bissexualidade. Sempre tentou preservar sua vida particular mas, como toda celebridade, isso era impossível, principalmente quanto a sua sexualidade.

Em 1988, o jornal britânico "The Sun" dizia que dois de seus ex-amantes haviam morrido de Aids e relatava o consumo de drogas. Naquela época, estar contaminado com o vírus da Aids era a certeza da morte e a condenação da opinião pública. Chamou seus companheiros de Banda e disse: "Não sei quanto tempo ainda tenho diante de mim, mas quero que continuemos avançando e trabalhando como sempre fizemos". Todos entenderam e nunca falaram com ele sobre a Aids. Em 1991, decidiu interromper o tratamento contra o avanço do HIV, talvez tentando acelerar a morte. Em 23 de novembro, a pedido do cantor, o mundo foi informado de sua verdadeira condição de saúde. No dia seguinte, um domingo, Freddie Mercury morreu.

No palco era um deus! Ninguém podia se igualar a ele como intérprete, cantor e showman. Segundo o biógrafo francês Selim Rauer "Ele foi o sonho de uma criança chamada Farrokh Bulsara, nascida numa ilha da África, que venceu num país estrangeiro até se tornar um dos maiores artistas de sua geração e uma lenda mundial. Sua vida foi ao mesmo tempo exemplar, fascinante, apaixonante e trágica".

Giustina
Enviado por Giustina em 05/09/2011
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