Hahaha, te esqueci.
Eu estou continuando, eu estou quase chegando lá. Naquele horizonte que promete a diversão. Diversão sem você já ficou possível. Seu nome nem é mais tão frequente. É, eu já te esqueci. Hoje eu estou em paz, hoje eu me encontro sã, não estou envenenada de amor. Não estou morta de amores, nem por você, nem pelo Zé da esquina. Não quero mais PORRA nenhuma de amor. Amor dá indigestão. Hoje eu quero dose de sorrisos. Garçom, aqui por favor. Se bem que tem um moreno, com um sorriso tão bonito. Me convidando pra viver de amor. Existe sais de frutas pro amor? Melhor não arriscar. Minha vó bem dizia, que amor não enche barriga. Só cria borboletinhas no estômago, mas isso eu só aprendi depois. Do aperto no coração e do nó na garganta, foi você quem me ensinou. Mas que se dane, nem tô me lembrando. Hoje eu só lembro que eles faziam uma caipirinha maravilhosa aqui. Ê moreno, vai se fuder. Eu não quero amor não, o que eu quero você não pode me dar. Eu quero a alma leve, o sorriso estampado, e o coração vazio. Hoje eu vou me esparramar na minha cama, preencher todos os espaços que me faltam, com a felicidade de estar só. Tá vendo, eu nem tô falando de você demais, igual você dizia. Hoje eu só tô falando do tal desapego. Tô aconselhando a garotinha que tá chorando. Larga esse gato pra lá. Morreu, acabou já era. Mas a garotinha chorou mais. Coitada, ela ainda não entende o desapego. Quando for o cachorro, eu pensei, ela vai ficar feliz dele ter se lascado. Olha só, te esqueci de novo.