PENSAMENTO INOCENTE
Certo dia, eu estava parado num ponto de ônibus, perto de uma escola de educação infantil existente na vila onde moro, aguardando a chegada do transporte coletivo que me levaria para o meu trabalho e me pus a observar um garoto, que pelas suas características e atitudes, aparentava ter entre seis e sete anos de idade. Aquele garoto estava brincando sozinho com um pequeno pedaço de ripa, imitando empunhar uma arma, apontando-a na direção de outras crianças que também brincavam naquele pátio escolar.
Na qualidade de pai e de educador natural, eu passei a me perguntar naquele momento:
O que estaria se passando naquela cabecinha inocente?
Eu não poderia jamais pensar em coisas que adultos estariam a arquitetar quando em determinados momentos de sua vida decidem a agir daquela forma, pois crianças não têm maldade, nem atitudes maldosas tais quais os adultos. Crianças como aquela que vi e por minutos procurei observá-la, são portadoras de muita inocência, muita paz interior e muito medo do desconhecido. Elas não vêem a vida como uma pessoa que pensa e raciocina e se policia a todo instante, apesar de exprimirem a maioria de seus pensamentos pueris por meio de palavras.
Depois de alguns minutos de observação, seguidos de uma rápida reflexão, eu pude chegar à seguinte conclusão:
Uma criança daquela idade deveria estar se imaginando como um soldado, na sua idade adulta, empunhando o seu fuzil, lutando pela defesa de sua pátria e em particular pela proteção de sua comunidade. Ou numa situação absurda, ela estaria se colocando no lugar de um daqueles caçadores silvestres responsáveis pela destruição de alguns animais e aves raras da nossa fauna.
Mais tarde, quando eu cheguei à minha casa e me pus a pensar novamente em tudo que vi e nas coisas que imaginei que aquela criança estivesse a pensar, eu refleti melhor a análise que fiz acerca da minha primeira conclusão e cheguei à outra conclusão, a qual entendi ser aquela a mais acertada:
No meu entender, em qualquer circunstância, criança sempre terá pensamento de criança: dormindo, acordada, sorrindo ou chorando. Enquanto ela estiver brincando, não importa qual seja o tipo de brinquedo, ela sempre será uma pessoa inocente, assim como as suas atitudes. Nós, os adultos, é que pensamos que elas pensam da mesma maneira que nós pensamos e por isso fica difícil analisá-las nos momentos que mais necessitamos, ou seja, fazemos pouco caso de sua inocência.
Rabindranath Tagore, poeta bengalês, disse certa vez, que ”cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens” e eu concordo em gênero e número com essa sua assertiva, desde que esses homens a que ele se refere sejam os de boa vontade.
Certo dia, eu estava parado num ponto de ônibus, perto de uma escola de educação infantil existente na vila onde moro, aguardando a chegada do transporte coletivo que me levaria para o meu trabalho e me pus a observar um garoto, que pelas suas características e atitudes, aparentava ter entre seis e sete anos de idade. Aquele garoto estava brincando sozinho com um pequeno pedaço de ripa, imitando empunhar uma arma, apontando-a na direção de outras crianças que também brincavam naquele pátio escolar.
Na qualidade de pai e de educador natural, eu passei a me perguntar naquele momento:
O que estaria se passando naquela cabecinha inocente?
Eu não poderia jamais pensar em coisas que adultos estariam a arquitetar quando em determinados momentos de sua vida decidem a agir daquela forma, pois crianças não têm maldade, nem atitudes maldosas tais quais os adultos. Crianças como aquela que vi e por minutos procurei observá-la, são portadoras de muita inocência, muita paz interior e muito medo do desconhecido. Elas não vêem a vida como uma pessoa que pensa e raciocina e se policia a todo instante, apesar de exprimirem a maioria de seus pensamentos pueris por meio de palavras.
Depois de alguns minutos de observação, seguidos de uma rápida reflexão, eu pude chegar à seguinte conclusão:
Uma criança daquela idade deveria estar se imaginando como um soldado, na sua idade adulta, empunhando o seu fuzil, lutando pela defesa de sua pátria e em particular pela proteção de sua comunidade. Ou numa situação absurda, ela estaria se colocando no lugar de um daqueles caçadores silvestres responsáveis pela destruição de alguns animais e aves raras da nossa fauna.
Mais tarde, quando eu cheguei à minha casa e me pus a pensar novamente em tudo que vi e nas coisas que imaginei que aquela criança estivesse a pensar, eu refleti melhor a análise que fiz acerca da minha primeira conclusão e cheguei à outra conclusão, a qual entendi ser aquela a mais acertada:
No meu entender, em qualquer circunstância, criança sempre terá pensamento de criança: dormindo, acordada, sorrindo ou chorando. Enquanto ela estiver brincando, não importa qual seja o tipo de brinquedo, ela sempre será uma pessoa inocente, assim como as suas atitudes. Nós, os adultos, é que pensamos que elas pensam da mesma maneira que nós pensamos e por isso fica difícil analisá-las nos momentos que mais necessitamos, ou seja, fazemos pouco caso de sua inocência.
Rabindranath Tagore, poeta bengalês, disse certa vez, que ”cada criança, ao nascer, nos traz a mensagem de que Deus ainda não perdeu a esperança nos homens” e eu concordo em gênero e número com essa sua assertiva, desde que esses homens a que ele se refere sejam os de boa vontade.