Minhas Músicas Inesquecíveis_5_Hino ao Amor (Dalva de Oliveira)

Dalva de Oliveira, que formou junto com Ângela Maria e Maysa Matarazzo, o trio das divas da MPB do passado, nasceu no dia 5 de maio de 1917, em Rio Claro, no interior de São Paulo, e faleceu em 1972, no Rio de Janeiro.

Foi uma das grandes estrelas dos anos 40 e 50. Eleita Rainha do Rádio várias vezes, cognominada de A Voz Sentimento do Brasil e considerada por muitos como a melhor intérprete da era de ouro do rádio brasileiro, Dalva de Oliveira era dona de uma poderosa voz, cuja extensão ia do contralto ao soprano. Muito vaidosa, frágil emocionalmente, Dalva de Oliveira casou três vezes, mas nenhum casamento marcou mais profundamente a sua vida e a sua carreira musical quanto o que viveu com Herivelto Martins, grande e inspirado compositor da época.

Parece que se amaram muito, num misto de amor e ódio, durante um casamento dramático e tumultuado, e até mesmo depois que ele acabou. Herivelto era boêmio e mulherengo, e Dalva não era mulher de sofrer calada. Quando se separaram, em 1947, Dalva gravou a música  Tudo Acabado, inaugurando uma duradoura batalha musical entre ela e Herivelto - muito explorada pela imprensa da época - onde ambos, através das músicas, se acusavam mutuamente pelo fracasso do casamento. Fazem parte desse período as músicas Tudo Acabado, Que Será, Errei Sim, Fim de Comédia, Meu Último Fracasso, Atiraste Uma Pedra, etc.
As discussões e traições de Dalva e Herivelto renderam uma minissérie de época na TV Globo, levada ao ar a partir de 04 de janeiro de 2010, em cinco capítulos, com direito ao nome dos artistas no título. Fábio Assunção foi escolhido para viver o boêmio Herivelto Martins e Adriana Esteves, a cantora Dalva de Oliveira .

Os maiores sucessos de Dalva foram as músicas As Pastorinhas, Bandeira Branca e Máscara Negra (sucessos carnavalescos), A Noite do Meu Bem, Hino ao Amor, Ave Maria e Lencinho Branco. Hino ao Amor, cantada inicialmente pela grande cantora francesa Edith Piaf (Hymne a l'amour, 1949), também interpretada por Maysa Matarazzo, merece ser recordada na imorredoura voz de Dalva de Oliveira. Confiram a letra e a melodia.

HINO AO AMOR
Compositor: Edith Piaf / M. Monnot / Versão de Odair Marsano,
interpretada por Dalva de Oliveira.

Se o azul do céu escurecer
E a alegria na terra fenecer
Não importa, querido,
Viverei do nosso amor.

Se tu és o sonho dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querido
O amargor das dores desta vida.

Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças de castigos
Quero apenas te adorar.

Se o destino então nos separar,
Se distante a morte te encontrar
Não importa, querido
Porque morrerei também.

Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças de castigos
Quero apenas te adorar.

Quando enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu te encontrar



NOTA DO AUTOR:

Foi incluída nesta edição, a reprodução da música  "Hino ao Amor",  canção de autoria de  Edith Piaf/M. Monnot, Versão de Odair Marsano, interpretada por Dalva de Oliveira. Contudo, devido à política editorial do Recanto das Letras, as músicas só podem ser reproduzidas no Site do Escritor; caso você esteja visualizando esta página apenas no Recanto das Letras e queira ouvir a música incluída, use o link de controle abaixo para ser redirecionado ao Site do Escritor:

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Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 04/09/2011
Reeditado em 05/09/2011
Código do texto: T3200280
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