Pós-modernidade?
Nada mais equivocado do que o discurso à seguir: “Em outras palavras, poderíamos exemplificar o pós-tradicionalismo como a emergência de movimentos fundamentalistas, de grupos nazi-fascistas, de nacionalismos ou de movimentos sociais que lutam pelo reconhecimento étnico, de gênero e cultural. (História Agora – A Revista História do Tempo Presente. Texto editorial do site.)”
Pura tolice. Essa errata histórica em momento algum conheceu definições sobre o pós-tradicionalismo dentro do terreno literário, por razões claras, manifestas, há um terreno novo pouquíssimo explorado nessa dimensão do novo.
Alguns tendem a confundir pós-tradicionalismo com "pós-modernidade". São conteúdos encobertadores da essência crítica real do pós-tradicionalismo. Pós-tradicionalismo em sumo deve ser considerado como: libertação das fórmulas arcaicas que movem civilizações em torno do constante retrocesso.
No Rio Grande do Sul nunca existiu pós-tradicionalismo por razões óbvias de publicidade dos valores tradicionais enraizados na mesmice. Sendo tais valores um excelente produto de mercado obido da subjetividade histórica, literária, musical, etc.
A resistência intelectual acadêmica reside no fato do tema possuir embrião novo e pouco aquilatado pelos pensadores estrangeiros, sendo o estrangeirismo a noção de sublimação do complexo de inferioridade intelectual nacional acadêmico.
Segue a tendência da grande mídia em deslocar a reflexão de um tempo para os caminhos da marginalização como ocorre com tudo aquilo que deixou de eclodir dentro dela. Longe dos seus interesses.
Os escritores pós-tradicionalistas estão nascendo no terreno onde nunca existiram.
As diferenças relevantes entre pós-modernidade e pós-tadicionalismo estão absolutamente claras no Manifesto de Agosto. (Inédito manifesto publicado aqui no Recanto das Letras)
A pós-modernidade é uma simples fanfarra acadêmica que muito pouco fez pela interpretação do seu tempo dentro das circunstâncias “tradicionais” mesclando-se a ela, salvando aparências para justificar costumes. Pulou um ciclo vital da noção histórica e virou Saci pela mão criadora.
A pós-modernidade é uma errata histórica mal revisada em si mesma, pois ocultou o pós-tradicionalismo que nunca conheceu perfeitamente.
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