Adeus
Como castigo severo á morte foi encomendando, mas antes de ir pro inferno, arranca palavras de seu estúpido vocabulário:
- Senhora, senhora que me amaste como nunca a amei, não fiques com outro, senão voltarei, sem nunca ter sentido nada, me orgulho de ter vós ter sentido algo por mim e enciumado, perplexo e furioso se este amor não continuar sendo meu, ficarei!
A moça, sem graça, olha e não diz nada, só espera a morte dele e quem sabe que morra o que um dia sentiu, mas sabe que mesmo conhecendo tantos, jamais, chegara a amar alguém como amou o desgraçado que está quase indo por água abaixo. Por isso não teme mal algum, mas não consegue se conformar o fato de nunca poder ser feliz.
Então em desespero, grita para o maldito:
- Por que foi que nasci?
E ele retribui:
- Por que tenho que partir?
- Não é justo o que me pedes, é inevitável deixar de amar, assim como a sua morte, me for condenado! – ela argumenta.
- Mas senhora, senhora! Fui homem de berço, sempre tive o que quis, não será agora, que sofrereis por ódio, por trocares o desejo de me quereres por de outro qualquer. – O sujeito continua.
- Qualquer que me dará o amor que me negas! E se tu vieres que venhas, mataras minha saudade, contente-se, já que amor fraco, eu sentirei por vários homens, mas nunca um profundo e eterno como senti pelo senhor! – Ela grita com esperança.
-Se virei é para na senhora, saudade causar e não aliviar – O egoísta retorna.
- Falas de um jeito que parece mais me amar, como um dia te amei! – Ela repara.
- Então, se não for amor que ficara eterno, será curiosidade! Mas algo em ti, haverei de ter causado, nunca saberá se um dia a amei, adeus! – Ele morre com um sorriso engraçado, parece ter pressa para não ter que dizer mais nada. A mulher chora um pouco e os dias continuam a passar sem ele.