O QUE MORRE?

“A Alma nunca morre, mas recomeça uma nova vida, ela nada mais faz que mudar de domicílio, tomando uma outra forma.” Pitágoras.

E continua, afirmando: “Quanto a mim, que vos revelo estas misteriosas verdades, já fui Euforbes numa outra vida, no tempo da guerra de Tróia, lembro-me perfeitamente bem de meu nome e de meus pais, assim como do modo como fui morto em combate com o rei de Esparta. Em Micenas, no templo de Juno, vi suspenso na parede o meu próprio escudo de um outro tempo.”

E remata imperativo, depois de muitos anos de estudos esotéricos em suas andanças:

“Mas, embora vivendo em vários corpos, a Alma é sempre a mesma, pois só a forma muda.”

E assim pontifica acerca das vidas, das formas, das mudanças do tempo, da alma que não morre, isto aproximados 500 anos antes de Cristo, a presença humana mais marcante sobre o planeta.

Também Pitágoras não foi alcunhado de louco, nem por seus contemporâneos, nem pela história, mas de sábio.

Pitágoras, um dos mais festejados gênios da história chega a essas alturas, “revelação de misteriosas” verdades, Suas verdades, a verdade da seriedade e do conhecimento.

Sua familiaridade com a sabedoria era como o alimento do qual precisamos.O pensar no nosso passar impõe-se. Sem pensar nas nossas grandes questões, viver e como viver, vamos perpetuar passagens involuídas.

Se esclarecidos, necessitamos pensar, ser e fazer acontecer uma vida mais rica, pensando.

Por quatro décadas ensinou e maravilhou alunos com seus poderes e conhecimentos. O silêncio era paradigma de sua escola, o silêncio que descerra portas.

"Um amigo meu é o meu outro eu", era sua demonstração de afinidade comungada e solidária. Amizade refletiria cordas da lira que se fundem ao entremeio da vibração em sintonia.

A incerteza não se afasta da busca humana como em Pitágoras, por isso é impositivo pensar.

Números e a teoria da grandeza, as vertentes de sua escola que se confundem com o tempo e seu escoar, máximas pontilhadas de indagações íntimas e necessárias para compreendermos melhor nossa existência.

Nos números a integração das grandezas matemáticas, as existências reais. Os números eram as realidades. Somos realidades que precisam explicar grandiosidades. Por que uma pequenina folha não amarelece sem o consentimento de toda a árvore? Por que a onda pequenina volta ao mar? Por que pequenos riachos vão ao oceano?

A unidade que circula no trânsito permanente.

Quem dominou a exatidão do tempo, viu na saga do enorme caminho percorrido suas vidas passadas, e por seus mistérios aclarados as revelou.

O que morre?

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/09/2011
Reeditado em 23/01/2014
Código do texto: T3195757
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