Receio que nunca mais
- Olá meu amor, quando nos veremos novamente? perguntou-me Cissa, mulher, solteira, carente e que gosta de sexo tanto quanto eu, o que nos diferencia é que após o coito minhas parceiras transformam-se em "moscas mortas por um menino mal", caço-as por divertimento.
Cissa foi possuída pelo meu ferrão duas ou três vezes e o que me lembro de seu corpo são algumas carnes e peles sobejantes, não digo que não goste de mulheres avolumadas, mas francamente, ela era desalinhada demais. Podem se perguntar: "Ora, por que então te envolves com alguém abaixo da média, você, que tem Dom Juan como aprendiz, que jorra porra como barris de petróleo?"
A resposta é bem simples, é que sou devorador, eternamente sedento, já pude confessar antes, eu gosto de quantidade! Fui catequizado pelo Lobo Selvagem, aprendi a saciar meus desejos sexuais, como as pessoas aprendem a escovar os dentes pela manhã. Essa doutrina me rende muitas histórias e romances em que sempre saio incólume, destino diferente tem as fêmeas que eu provo: lágrimas, sensação de vazio, desejos à flor da pele e claro dores agradáveis pelo corpo.
Não é uma vida glamurosa no entanto, porque acontecem surpresas ruins, como algumas mulheres que realmente me entediam, chegando ao ponto de dispensá-las sem urbanidade alguma, houveram casos de perseguição, Cissa enquadra-se aí. Seguia-me pelas ruas de dia, pelas estepes à noite, queria uma vez mais e sempre uma vez mais ser lambida, penetrada, beijada.
Dessa forma, entediado, não suportando vaginas repetidas num intervalo menor do que sete dias, respondi sem a culpa dos cristãos a pergunta do início: - Receio que nunca mais meu amor!