O BOIADEIRO VALENTE.
O boiadeiro valente
Fim de semana, e como já era costume, saíram todos juntos, irmãos, irmãs, cunhados e cunhadas. Acabamos parando em um sitio muito badalado, som ao vivo, musicas country e a grande maioria do povão vestido a caráter.
Em nossa região este tipo de baile estava em alta, e com isto alguns sítios com grandes salões promoviam tais eventos semanais e vinham pessoas até de outras cidades.
Foi em um destes bailes que minha irmã, Priscila, Geraldo, um rapaz com a maior pinta de boiadeiro, calça agarrada, cinturão com uma fivela enorme, bota, chapéu e com o maior jeitão de cowboy.
Após vários bailes e alguns rodeios, Geraldo criou coragem de enfrentar os sete irmãos da Priscila, mas o pior era o paizão, o homem é uma fera, mas ele conseguiu e ficaram noivos.
Priscila morava com os pais em um sitio próximo e todos nos sabíamos que apesar da pinta de boiadeiro, Geraldo sempre morou na cidade e não tinha nenhum conhecimento sobre montaria, nunca havia montado em um cavalo. Após o almoço de um domingo, selamos quatro cavalos mansos para um passeio, apesar de o nosso boiadeiro precisar de ajuda até mesmo para montar, ele até que se saiu bem durante o passeio. O problema foi quando voltamos, guardamos as selas, tratamos dos cavalos e no caminho para a casa, uma galinha com alguns pintinhos partiu para cima do coitado que soltou um tremendo berro meio comprometedor e saiu correndo.
Hoje os dois estão casados há quatro anos, construíram e moram no sitio. E o nosso boiadeiro continua com medo de: galinha, ganso, bezerro, vaca e até mesmo de lagartixa.