OS DIRIGENTES.
Para Radio Litoral AM.
Imaruí, SC.
Essa crônica é para ser lida com um finíssimo sarcasmo, assim como faria um Voltaire.
Os políticos alienados pelo poder, alienam tudo, alienam a consciência, o dinheiro e o voto desses pobres coitados fazedores de assinaturas.
Aliás, o analfabetismo é a rubrica da vergonha, a chancela do subdesenvolvimento em mísera carência de sustento, de remédio, de instrução, de escola, de quase tudo.
Os políticos são medievais por excelência, dominam o seu feudo e escravizam os seus vassalos, pondo-os a margem do progresso e dos seus direitos.
Imperam com a vontade déspota, tendo por cúmplice a ignorância do povo, um verdadeiro rebanho de ovelhas submissas.
Aqui neste feudo, antigamente, votavam os debilóides com o abraço do néscio deputado, votavam os analfabetos sem a nova lei, os ausentes também votavam, votavam os cegos, os mancos e sabidamente os entrevados.
Também votavam os que não voltam mais, os defuntos, silenciosos e fiéis eleitores.
Votavam, inclusive, os legalmente declarados dementes.
Isto tudo acontecia, sim senhor, em cédula preparada pelo candidato indecente. (Quando era cédula, agora é o Din. Din).
Os sadios votavam em branco, dos loucos, esses eram e ainda sãos os mais dementes.
Dessa forma, eles elegiam um político, ignóbil, espúrio, prevaricador, oportunista e nojento.
Aliás, dos larápios, ele é o mais sedento, venal, corrupto e malandro do erário dessa gente.
E assim, enche-se o erário, com o contribuinte a pagar, inflando o monte para o político safado e mal intencionado de ontem, obstinado somente em roubar.