INCÓGNITAS DO SER
Se observado por olhar distante dos limites do mundo terrestre, a evolução da espécie humana talvez não passe de um simples minuto no macro contexto do Universo. Mas na nossa Dimensão e com nossos cinco sentidos, um tempo quase infinito foi necessário para que o homem saísse da selvageria e atingisse os píncaros da consciência como ser. O frágil selvagem pré-histórico, refugiado em cavernas com receio das feras, à duras penas e a pequenos passos foi crescendo em racionalidade. Eons de tempo até a descoberta do fogo... E, enfim, na segunda metade do século XX abriu as portas do céu e invadiu outros mundos. Viajou no minúsculo universo do átomo e descobriu a imensa energia que havia lá dentro.
Quem poderia imaginar que aquele quase macaco, peludo e despido, que não conhecia o fogo, a roda e o alfabeto; que tremia diante do trovão, imaginando um deus apavorante em digestão difícil, fosse capaz de organizar uma sociedade e avançar tão longe na tecnologia! E é difícil admitir que esse homem, hoje controlando o progresso técnico-científico, ainda abriga, nos escaninhos do corpo físico, uma alma primitiva quase semelhante ao esterótipo das cavernas, incapaz de construir a paz no mundo. Que o homem, tendo o domínio do infinitamente grande e do infinitamente pequeno, ainda não conseguiu superar os limites da própria alma...