FELICIDADE BATE A SUA PORTA? Deixe-a entrar.
![473336.jpg](http://www.recantodasletras.com.br/usuarios/59865/fotos/mini/473336.jpg)
Por Carlos Sena
Felicidade é um estado de espírito. Não há modelo, nem receita de ser feliz como muita gente gostaria. O bom mesmo é construir esse estado de nirvana, cada um ao seu modo, sem, contudo deixar de interagir com o processo social estabelecido. Ninguém será feliz mudando o mundo ao seu bel prazer, porque o mundo não está aí pra ser mudado por indivíduos. As mudanças que o mundo teve (pra melhor) até hoje, foram quase todas através de lutas coletivas que, dentre outras coisas importantes, quebraram paradigmas. Certo que indivíduos foram importantes como Gandhi, Madre Tereza, Einstein, Lavoisier, Kennedy, etc., mas encarnaram lutas que a humanidade se beneficiou até hoje.
O processo coletivo não pode ser ignorado no processo individual de felicidade. Este, contudo é o que mais nos deixa angustiados, pois desde que nascemos que ouvimos falar nessa tal de felicidade que, aos poucos, vai se constituindo numa instância quase inatingível. Inalcançável pode até ser, mas tudo dependerá de como as pessoas encaram a vida; de como elas estabeleceram metas pra suas vidas. Ser feliz, enquanto estado de espírito, até pode está subordinado a condições materiais, mas não necessariamente. Ser feliz é tão significativo e custa tão pouco que não raro se encontra pessoas felizes no interior do nordeste. São pessoas simples, que moram no “pé de serra” por assim dizer. Mas, naquele seu mundinho miúdo, aos nossos olhos, dificilmente se acredita que haja felicidade, mas há. Sendo, como dissemos, um estado de espírito, a felicidade se torna ao alcance de todos, acima de tudo quando as pessoas se descobrem ímpares em suas vidas. Algo como “lá fora o mundo gira, mas aqui dentro de mim o giro do mundo é dado por mim”!
Na sociedade de consumo geralmente se atrela a felicidade à soma de bens materiais. O “TER” se sobressai impetuosamente. Contudo, nem todos conseguem dispor das benesses materiais e tecnológicas que tanto facilitam a vida, mas conseguem ser feliz aos seus jeitos. Podemos “até dizer que a depressão é filha legítima do “TER TUDO” que leva muitos a se perguntarem PRA QUÊ”? O contrário pode até acontecer, mas quem se busca no processo interior de vida, dificilmente se permite às depressões que a falta de objetivo de vida deixa.
Estamos cansados de ouvir dizerem que é melhor chorar numa Mercedes Benz do que dentro de um fusca. Prefiro chorar em qualquer lugar, inclusive num fusca se esse for o meu choro – o choro resultante do meu processo de escolhas e opções que fiz em busca de ser feliz. Cada qual em seu canto que chore seu pranto, mas não vale chorar o pranto alheio que foi por outros constituídos em função de objetivos que não são meus.
A felicidade está ao alcance da mão. Num gesto de adeus, no beijo dado num filho, na rosa que se colhe no jardim, num por de sol, num café com pão e manteiga pela manhã, no adormecer no sofá após um dia de trabalho exausto. No cheiro de terra molhada que nos remete aos tempos de criança. No reler das cartas de amor recebidas na adolescência. Diferente da felicidade que imaginamos que tenha aquele que dispõe de uma bela casa de praia, mas que se convertem em prisão de muros altos, cercas elétricas, mais parecendo que lá dentro há pessoas encarceradas. Ser feliz é acima de tudo ser livre. Sendo livre permanecer livre e ainda assim, livre, libérrimo, procurando ser dono de toda liberdade.
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Por Carlos Sena
Felicidade é um estado de espírito. Não há modelo, nem receita de ser feliz como muita gente gostaria. O bom mesmo é construir esse estado de nirvana, cada um ao seu modo, sem, contudo deixar de interagir com o processo social estabelecido. Ninguém será feliz mudando o mundo ao seu bel prazer, porque o mundo não está aí pra ser mudado por indivíduos. As mudanças que o mundo teve (pra melhor) até hoje, foram quase todas através de lutas coletivas que, dentre outras coisas importantes, quebraram paradigmas. Certo que indivíduos foram importantes como Gandhi, Madre Tereza, Einstein, Lavoisier, Kennedy, etc., mas encarnaram lutas que a humanidade se beneficiou até hoje.
O processo coletivo não pode ser ignorado no processo individual de felicidade. Este, contudo é o que mais nos deixa angustiados, pois desde que nascemos que ouvimos falar nessa tal de felicidade que, aos poucos, vai se constituindo numa instância quase inatingível. Inalcançável pode até ser, mas tudo dependerá de como as pessoas encaram a vida; de como elas estabeleceram metas pra suas vidas. Ser feliz, enquanto estado de espírito, até pode está subordinado a condições materiais, mas não necessariamente. Ser feliz é tão significativo e custa tão pouco que não raro se encontra pessoas felizes no interior do nordeste. São pessoas simples, que moram no “pé de serra” por assim dizer. Mas, naquele seu mundinho miúdo, aos nossos olhos, dificilmente se acredita que haja felicidade, mas há. Sendo, como dissemos, um estado de espírito, a felicidade se torna ao alcance de todos, acima de tudo quando as pessoas se descobrem ímpares em suas vidas. Algo como “lá fora o mundo gira, mas aqui dentro de mim o giro do mundo é dado por mim”!
Na sociedade de consumo geralmente se atrela a felicidade à soma de bens materiais. O “TER” se sobressai impetuosamente. Contudo, nem todos conseguem dispor das benesses materiais e tecnológicas que tanto facilitam a vida, mas conseguem ser feliz aos seus jeitos. Podemos “até dizer que a depressão é filha legítima do “TER TUDO” que leva muitos a se perguntarem PRA QUÊ”? O contrário pode até acontecer, mas quem se busca no processo interior de vida, dificilmente se permite às depressões que a falta de objetivo de vida deixa.
Estamos cansados de ouvir dizerem que é melhor chorar numa Mercedes Benz do que dentro de um fusca. Prefiro chorar em qualquer lugar, inclusive num fusca se esse for o meu choro – o choro resultante do meu processo de escolhas e opções que fiz em busca de ser feliz. Cada qual em seu canto que chore seu pranto, mas não vale chorar o pranto alheio que foi por outros constituídos em função de objetivos que não são meus.
A felicidade está ao alcance da mão. Num gesto de adeus, no beijo dado num filho, na rosa que se colhe no jardim, num por de sol, num café com pão e manteiga pela manhã, no adormecer no sofá após um dia de trabalho exausto. No cheiro de terra molhada que nos remete aos tempos de criança. No reler das cartas de amor recebidas na adolescência. Diferente da felicidade que imaginamos que tenha aquele que dispõe de uma bela casa de praia, mas que se convertem em prisão de muros altos, cercas elétricas, mais parecendo que lá dentro há pessoas encarceradas. Ser feliz é acima de tudo ser livre. Sendo livre permanecer livre e ainda assim, livre, libérrimo, procurando ser dono de toda liberdade.