A nossa essência habita na fé

É na dor da ausência que reforçamos em nós a essência daquele que parte, absorvendo em nós mesmo o poder individual daquele (a) que nos fortalecia com a sua presença, e que nos ensinava com o seu pensamento e a sua forma de ser a sermos diferente daquilo que somos em aparência, por que na verdade somos todos partes uns dos outros, como figuras de um mesmo teatro, como ângulos de um mesmo objeto.

Vida e morte são lados de uma mesma moeda, são formas diferentes de se viver num mesmo universo. O que é real aqui é sonho lá, o que é sonho aqui é real lá. A morte é apenas uma cortina que encobre parcialmente a nossa percepção e a saudade que sentimos, não é a saudade da essência da alma, pois esta continua conosco, é a saudade da matéria, do toque, do olhar físico, do corpo.

Ter fé é acreditar no poder que habita em nós, é saber que somos parte do universo e que o nosso destino é sermos iguais ao Mestre, em tudo o que Ele é. Ter fé é sabermos que somos essência e que podemos transcender a todos os nossos limites, é saber que somos imortais e que tudo podemos no orbe ou fora dele, por que somos guiados pela luz divina que nos habita.

Quando conhecemos a verdade, ela nos liberta e trás em seu bojo o caminho que devemos seguir para cumprirmos com o propósito no qual desejamos proceder a nossa senda, pois ela é o destino escolhido por nós. O fracasso só se dá quando nos desligamos do nosso destino e buscamos fora de nós a sabedoria e o amor que nos habita.