MINHA CIDADE
MINHA CIDADE
Balões e alegorias festivas que denotam a comemoração de um aniversário mais que infantil, estão hoje nas cabeças e nos corações de todos os chapecoenses. Eis que minha jovem cidade está completando noventa e quatro aninhos hoje.
Por sua extensão territorial, importância estratégica e riqueza de solo e profusão de madeira, a ímpar, exuberante, plena de juventude, viço e beleza, cidade de Chapecó, teve sua emancipação política e social aprovada no dia 25 de agosto de 1917.
O que fazemos para que cultivemos tanto orgulho? O agronegócio, que arrasta empós si tudo o que lhe é pertinente. A indústria, o comércio em alta escala; grupos financeiros instalam-se com cada vez mais ênfase para movimentar as altas somas que produzimos; sempre mais grupos de trabalho de alto gabarito voltam seus interesses para esta fonte de trabalho e riqueza; a mídia instala-se com seus aparatos de imprensa escrita e falada. A construção civil está em franca aceleração, levantando vôo para o futuro; o aeroporto Enos Bertaso está sendo internacionalizado. Tudo isso por ser exímia a administração política, social e administrativa, apoiada pela administração pública, em que os mandantes municipais esmeram-se e se alternam naquilo que é melhor e mais correto e produtivo em todos os sentidos da administração pública.
Com todos esses cuidados e trabalho criterioso e realizado com amor à nossa terra, resulta, além ou, mesmo por isso, da vinda de sempre mais e mais grupos financeiros com interesses múltiplos para se instalarem e aqui produzirem sua riqueza. Há vagas em aberto, mesmo porque Chapecó está sendo referência catarinense e nacional em oportunidades de trabalho para quem quer trabalhar e ter seu emprego garantido.
E eu?
Que faço para traduzir minha presença nesta rica terra? Literatura. Tenho meus dez livrinhos editados, todos eles escritos sobre o colo da mamãe Chapecó. Com eles e minhas participações em programas e atividades culturais, somei ao crescimento cultural desta boa terra que adotei de coração como sendo minha, desde meados de maio de 1971. Vim juntar-me aos muitos gaúchos aqui residentes, apesar de e, mesmo por isso, de ser cidadão sul rio-grandense, nascido no, não menos belo e progressista, município de Não Me Toque.
Chapecó, 25/08/2011
Afonso Martini
Escritor