SÚPLICA

Acordei triste.
Desde o dia anterior, absorvida por inúmeros problemas, estava fora do meu astral normal.
Preparei para sair, mas num ímpeto resolvi.
Abri todas as janelas da casa, desejando mesmo um arejamento especial.
Lá fora o sol começava a despontar por entre as nuvens trazendo seus raios tépidos à terra. Senti o ânimo apossar-se de mim e uma grande alegria invadiu meu ser. Desejei orar ao Criador e Senhor de todas as coisas. Ajoelhei-me e pedi perdão a Deus pela dureza do meu coração. Naquele momento o que eu mais queria era agradecer ao Pai sua benignidade. Renovada em amor, desejava fazer algo por alguém, ser um instrumento, pelo menos um grão que ao cair no chão, pudesse transformar em alimento e consequentemente, saciar a fome de meu irmão. Minha mente em êxtase continua a pensar: queria ser um vaga-lume em noite escura que pudesse guiar o andarilho sem rumo. Queria ser um poeta, um escritor, quem sabe um cantor, alguém que faz história para falar da grandeza de sua glória!
Na minha pequenez pude louvar e engrandecer ao Todo Poderoso.
Depois dessa experiência, sou outra pessoa, com mais sensibilidade. De Deus sou herdeiro e dos meus semelhantes procuro ser companheiro.
Pela estrada da vida prossigo minha jornada reconhecendo que sem Ele não sou nada.


Maria Loussa