FRIO OU SOLIDÃO
Não sei se é a idade que vai chegando, mas esse inverno está ardido demais. Teimoso, renitente demais. Agosto agonizando, primavera já sendo anunciada e esse frio fedorento não larga do nosso hoje.
A vida fica assim vagarosa. O tempo fica grudento e carente de cobertas. Chamamos o saudosismo pelo apelido de "antigamente" e vem bater na consciência a saudade dos tempos de menino, quando importavam eram as brincadeiras, mas que poderiam ser relegadas para quando o frio passasse.
Estou assim, jogando conversa fiada no tempo, apedrejando-o com minhas palavras, para ver se ele acelera, gritando aos berros à primavera e afugentando esse friozinho danado que me faz assim coruja, somente prestando atenção na chuvinha que vem se desfiando do céu e correndo com as pessoas das calçadas.
Quero um lugar ao sol. Quero uma saia para me aninhar. Um colo para me aquecer. Um coração para esconder desse frio padrasto.
Ou que chegue logo o meu amor.
Não sei se é a idade que vai chegando, mas esse inverno está ardido demais. Teimoso, renitente demais. Agosto agonizando, primavera já sendo anunciada e esse frio fedorento não larga do nosso hoje.
A vida fica assim vagarosa. O tempo fica grudento e carente de cobertas. Chamamos o saudosismo pelo apelido de "antigamente" e vem bater na consciência a saudade dos tempos de menino, quando importavam eram as brincadeiras, mas que poderiam ser relegadas para quando o frio passasse.
Estou assim, jogando conversa fiada no tempo, apedrejando-o com minhas palavras, para ver se ele acelera, gritando aos berros à primavera e afugentando esse friozinho danado que me faz assim coruja, somente prestando atenção na chuvinha que vem se desfiando do céu e correndo com as pessoas das calçadas.
Quero um lugar ao sol. Quero uma saia para me aninhar. Um colo para me aquecer. Um coração para esconder desse frio padrasto.
Ou que chegue logo o meu amor.