MENTE POSITIVA: VERDADE OU BABAQUICE?
Eu sei que muitas pessoas estão desiludidas e que ao falar de mente positiva, mentalismo, PNL e outros pensam: Mais uma maneira de enganar a humanidade, que já foi tão enganada.
Acontece que o ser humano gosta de mostrar essa superioridade, e algumas pessoas têm uma vida sustentada por uma boa renda, seja por trabalho, herança, por ser dono de um comércio, por um emprego que deu certo, enfim, têm uma boa vida neste mundo consumista, onde poucas coisas estão fora do poder do cartão de crédito. Ficam pavoneando-se na internet, dizendo o que os outros devem fazer, como se devem comportar, e que tudo é fruto do que escolhemos.
Tudo?...Pode ser que a maioria dos acontecimentos seja escolhida por nós, mas há coisas... você sabe, aquela criança de 5 ou 6 anos que está com câncer, ela escolheu? O chefe de família que fazia um bom trabalho, mas foi demitido porque a firma faliu, ele escolheu? É fácil estar bem economicamente e colocar-se como um ídolo no pedestal da mente positiva. Isso até que a vida dê um soco... porque a vida é uma grande boxeadora.
A mente positiva funciona, logicamente que funciona na maioria dos casos. Se uma pessoa não confia em si mesma não fará esforços para triunfar, porque não acredita no triunfo. Por isso, é preciso lutar. E um mestre pergunta: Até quando deves persistir? Até vencer!
Depois de traçada uma meta é preciso permanecer firme. A maioria das pessoas triunfa depois de muito trabalho, de muita dedicação, de muito empenho, triunfa depois de ter enfrentado desafios e fracassos.
No filme Gente grande, um filminho ingênuo, no qual o treinador, fazendo um brinde de comemoração depois de uma partida em que seu time infantil vence, fala: Quero que joguem na vida como jogaram essa partida.
Lutar com a força de um leão é sempre uma maneira de avançar no caminho escolhido, mas devemos ter bom senso, pois nem tudo depende o homem. Há coisas que são frutos do... destino? Dos astros? Da sorte? Sei lá, mas há coisas que não dependem de nós. Como disse o filósofo estoico Epítecto: “Distinguir o que depende de nós e o que não depende é a base da sabedoria e da felicidade”.
E para terminar, um momento de humor, um caso contado por um aluno da Oficina Como Escrever Livros, que ministro no Solar do Rosário. O dono da empresa reúne os funcionários para um discurso: Nunca nestes 30 anos de empresa um funcionário se destacou tanto pela sua capacidade, inteligência e dedicação, por isso eu vou nomear esse jovem vice-presidente desta companhia. O jovem, emocionado, só consegue dizer: Obrigado, papai.