O Médico Errou
Faz muito tempo que eu vivia com uma bomba dentro de mim, os médicos me deram o diagnóstico de Lúpus Eritematoso Sistêmico e eu resignadamente aceitei como verdade, passei esse tempo todo, tomando medicamentos para uma enfermidade que segundo os médicos daqui do meu Estado, seria incurável e com tempo limitado de vida, quase me enterraram viva.
Sofri demais com a certeza que a minha vida ficaria limitada e que a qualquer momento eu poderia ter alguma complicação...E não foi apenas um médico e sim seis, depois de tanto penar, em um dia com muita depressão e me sentindo só, fiz um oração a Deus e pedi que ele me mostrasse um caminho, uma luz que me tirasse do sofrimento e abandono, como Deus é misericordioso e nunca deixa um filho seu sofrer, de imediato me enviou uma resposta...Descobri uma médica no Rio de Janeiro que depois de quarenta e cinco exames me disse que não tenho e nunca tive lúpus, foram diagnósticos errados o que me fez crer que eu deveria ter seguido o meu coração que falava o tempo todo para mim que era mentira, que eu era saudável.
Na hora que soube do verdadeiro diagnóstico fiquei muito feliz chorei...Mas depois me veio a pergunta: Quem vai pagar pelos anos de sofrimento, de depressão, do lazer que não vivi porque tinha que me esconder do sol, das festas que não fui por medo de pegar alguma doença, pois falavam que a minha imunidade era baixa e era mesmo pois o corticóide que me davam modificou tudo em mim, engordei, entre outros estragos.
Agora com nova vida estou tomando medicação e fazendo uma dieta rigorosa para desintoxicar meu organismo, pois tomei veneno para matar um mal que não existia em mim.
Não tenho raiva de ninguém, apenas sinto uma tristeza muito grande por saber que existem médicos que esquecem que o seu material de trabalho é um ser humano e como tal, deveria ser tratado com mais cuidado e acima de tudo com mais respeito.
Peço a vocês queridos amigos quando o seu coração avisar que algo está errado acreditem, escutem a voz que vem de dentro de vocês e jamais na voz de alguém que por achar ser o dono da verdade te entrega um atestado de óbito com você vivo.