Baixa desnecessária
"Na guerra botamos prá quebrar, não precisamos treinar para matar alemães, meus meninos são sangue nos olhos!" dizia o comandante da Força Expedicionária Brasileira, Alício Costa a quem lhe perguntasse sobre o despreparo das tropas brasileiras quando estivessem na Itália com a cobra fumando no meio da guerra.
O exército brasileiro recebia armas dos americanos que os soldados não sabiam manusear adequadamente, brincavam com minas antitanques no acampamento sem saber direito o que eram aquelas "baratinhas coloridas", por sorte nunca um pracinha tupiniquim fora explodido por uma delas. O pelotão que se apresentara para lutar junto aos aliados na Toscana estava crente que depois de combater "perigosos" estudantes paulistas destreinados, os alemães seriam barbada.
E teve um dia que quase foi mesmo. Um grupo de combate os "valentes bebedores de pinga" tomaram uma casa de três andares cheia de nazistas, entraram vigorosamente metralhando o que estivesse nos muitos cômodos da casa - disso resultou uma chacina de guerra em que muitos alemães morreram, a tropa da FEB comemorava cantando e bebendo "Valentes bebedores de uma pinga/ somos guerreiros também/já faz um ano...", contaram depois dezenove nazistas mortos e um pracinha brincou "mais um e a gente teria direito de receber uma noiva de guerra" e outro emendou com um humor inexplicável "decepa um deles e diz que eram dois anões". Sobre os cadáveres que ainda espirravam sangue dos ferimentos, a fanfarronice da vitória era total.
Na casa cheia de cômodos existia um porão (como muitas outras na Toscana) que não fora inspecionado pela tropa brasileira, pois exatamente de lá saiu um alemão furioso empunhando sua metralhadora que cuspia balas nas costas dos campeões...morreram dezessete brasileiros, morreram cantando felizes.
Depois desta baixa desnecessária a FEB aceitou as instruções americanas de executar um treinamento mais eficiente e evitar arroubos de alegria em plena 2ª Guerra Mundial.