UNIVERSO INTERIOR.
Sempre havia interesse em descobrir, conhecer, aprender, naquela menina.
Seu universo interior era rico e prazeroso. Lugar onde ela sempre gostou de se abrigar.
Veio de longe a versatilidade com que transitou entre as pessoas, ou ficou só. Encontrando prazer e bem estar em ambas situações.
Na infância foi sozinha, rodeada de muitas pessoas.
Havia tantos problemas para os adultos ao seu redor, enfrentarem. Coitados, sempre ocupados, e preocupados, passavam tantas vezes por ela, sem nem mesmo a enxergar. No máximo, reconheciam suas necessidades físicas, de se alimentar, banhar, ir a escola.
Mas, as emocionais, as riquezas e medos que habitavam o interior, daquela menina, esses raramente tiveram tempo de apreciar.
Foi a curiosidade aliada a fertil imaginação, que supriram ausências e carências, na vida daquela menina.
O rincão que morava era pequeno em extensão, e imenso em beleza e natureza.
Desfrutava a companhia das amiguinhas, já que irmão não tinha. Ela convivia e brincava alegre com elas. Mas, se ninguém havia para os folguedos, ela mesmo se alegrava, puxava da manga da blusa os amigos imaginários, e lá se punha a brincar, tagarelando sozinha, sem cansar. Até que alguém dela se lembrava, e a chamava para o jantar.
Adorava subir no abacateiro do quintal, sentar num galho alto, e ficar apreciando o céu, ou as formigas que passavam rente dela, num vai e vem incessante. Outras, que nem a notavam. Mas, ela punha atenção nelas, e ficava embevecida em ver insetos tão pequenos, carregar nas costas bagagens tão grande.
A menina, comparava as formigas a sua mãe, que era pequena de estatura e imensa na força com que carregava os problemas da vida.
Gostava daquele lugar no alto da árvore, de lá assistia o movimento de sua casa, alguém chegando, o portão de madeira verde se abrindo, passos rápidos pelo caminho de pedregulhos, até a escada da cozinha.
Depois, via sua avó, que esvaziava a bacia repleta de roupas lavadas, e enchia o varal, com peças de algodão de todas as cores. Nunca soube explicar, mas se sentia protegida quando via o varal repleto de roupas a secar.
E a fascinação por roupas secando em varais, a acompanharam por toda a vida.
Esticava o pescoço e conseguia ver a rua de terra, ah, como gostava daquela rua. Sempre tinha uma criança pulando amarelinha, rodando pião, ou jogando bola.
Ao longe ouvia o apito, da fábrica de papel, avisando seu avô e seu pai, que o dia de trabalho terminara. Logo estariam em casa, para o jantar.
Aquele pequeno pedaço de terra, era o seu mundo físico, mas, o outro mundo que compunha sua essência, era imenso.
Sentia, aquela menina, que tinha que aprender o que pudesse, pois a vida seria exigente com ela, e muito cedo pediria testemunho de coragem e fé.
Não demorou para as tempestades eclodirem. Mas, havia um oásis onde a menina ia sempre se abrigar. Ela aprendeu o segredo de reconhecer cada letrinha. Com esse feito, foi apresentada a uma amiga sempre disposta a ensiná-la, consolá-la, estimulá-la.
E essa amiga deu sua palavra de que nunca, por nada iria se afastar, dela.
Dali pra frente a menina sabia que estava salva!
Sempre havia interesse em descobrir, conhecer, aprender, naquela menina.
Seu universo interior era rico e prazeroso. Lugar onde ela sempre gostou de se abrigar.
Veio de longe a versatilidade com que transitou entre as pessoas, ou ficou só. Encontrando prazer e bem estar em ambas situações.
Na infância foi sozinha, rodeada de muitas pessoas.
Havia tantos problemas para os adultos ao seu redor, enfrentarem. Coitados, sempre ocupados, e preocupados, passavam tantas vezes por ela, sem nem mesmo a enxergar. No máximo, reconheciam suas necessidades físicas, de se alimentar, banhar, ir a escola.
Mas, as emocionais, as riquezas e medos que habitavam o interior, daquela menina, esses raramente tiveram tempo de apreciar.
Foi a curiosidade aliada a fertil imaginação, que supriram ausências e carências, na vida daquela menina.
O rincão que morava era pequeno em extensão, e imenso em beleza e natureza.
Desfrutava a companhia das amiguinhas, já que irmão não tinha. Ela convivia e brincava alegre com elas. Mas, se ninguém havia para os folguedos, ela mesmo se alegrava, puxava da manga da blusa os amigos imaginários, e lá se punha a brincar, tagarelando sozinha, sem cansar. Até que alguém dela se lembrava, e a chamava para o jantar.
Adorava subir no abacateiro do quintal, sentar num galho alto, e ficar apreciando o céu, ou as formigas que passavam rente dela, num vai e vem incessante. Outras, que nem a notavam. Mas, ela punha atenção nelas, e ficava embevecida em ver insetos tão pequenos, carregar nas costas bagagens tão grande.
A menina, comparava as formigas a sua mãe, que era pequena de estatura e imensa na força com que carregava os problemas da vida.
Gostava daquele lugar no alto da árvore, de lá assistia o movimento de sua casa, alguém chegando, o portão de madeira verde se abrindo, passos rápidos pelo caminho de pedregulhos, até a escada da cozinha.
Depois, via sua avó, que esvaziava a bacia repleta de roupas lavadas, e enchia o varal, com peças de algodão de todas as cores. Nunca soube explicar, mas se sentia protegida quando via o varal repleto de roupas a secar.
E a fascinação por roupas secando em varais, a acompanharam por toda a vida.
Esticava o pescoço e conseguia ver a rua de terra, ah, como gostava daquela rua. Sempre tinha uma criança pulando amarelinha, rodando pião, ou jogando bola.
Ao longe ouvia o apito, da fábrica de papel, avisando seu avô e seu pai, que o dia de trabalho terminara. Logo estariam em casa, para o jantar.
Aquele pequeno pedaço de terra, era o seu mundo físico, mas, o outro mundo que compunha sua essência, era imenso.
Sentia, aquela menina, que tinha que aprender o que pudesse, pois a vida seria exigente com ela, e muito cedo pediria testemunho de coragem e fé.
Não demorou para as tempestades eclodirem. Mas, havia um oásis onde a menina ia sempre se abrigar. Ela aprendeu o segredo de reconhecer cada letrinha. Com esse feito, foi apresentada a uma amiga sempre disposta a ensiná-la, consolá-la, estimulá-la.
E essa amiga deu sua palavra de que nunca, por nada iria se afastar, dela.
Dali pra frente a menina sabia que estava salva!