A família é tudo
Neste domingo, acordei com o sino da matriz. Depois ouvi o cantar de uns bem-te-vis na goiabeira. Que eu gosto dessa melodia na hora do café, aqui em casa ninguém duvida. Já são bem conhecidos os gorjeios e neste domingo em especial me pareceram bem apropriados. Então, fiquei alguns instantes de pé na porta da cozinha louvando ao Criador por haver pássaros no mundo.
Bem, hoje é um dia especial. Oh! estou em casa com todos os meus filhos! E os bem-te-vis têm o lirismo da voz de meus amados quando pequenos (agora a caçula tem 21 anos). Estar com todos eles tomando o café da manhã é como se diz na igreja católica: renovar o espírito.
Quero esclarecer que muitas vezes senti minha alma assim: lembro exatamente de quando cada um nasceu, dos primeiros passos... E tenho guardada em casa uma foto, com os quatro na varanda da casa (as roupinhas feitas por mim). Boas lembranças!...
Posso garantir que no dia em que os três mais novos foram moram na capital tive ímpetos de riso e choro: senti-me perder, ganhar e vi-me com sonhos conquistados através dos sonhos deles. Esta é a lei: um dia os filhos crescem e vão por seus próprios caminhos.
Ah! eu ainda me vejo com eles correndo pela casa e pedindo para eu fazer cuscuz ou bolo frito para se tomar com café!... Ma não, bom estar com eles em casa agora, a abraçar-me como uma flor. E dizem-me: Mamãe, a senhora tem um cheirinho tão bom! Posso querer algo melhor? É claro que não. E louvo a Deus.