SAMARITANA, FILHA E ESPOSA EXTREMADA

SAMARITANA, ESPOSA E FILHA EXTREMADA

Quando a inspiração me acorre gosto de transpor para o papel pensamentos a respeito de pessoas ou de fatos do dia-a-dia. Foi o que aconteceu no dia das mães no qual falei da importância da mulher e da “sua decisiva influência para o equilíbrio familiar”. Alguém havia me chamado a atenção para o perigo das omissões, por ocasião de discursos, escritos, lembranças etc; foi o que se repetiu naquela ocasião.

Citei os nomes daquelas Samaritanas que colaboraram para o sucesso do trabalho filantrópico da Loja 12 de março de 1537 e, por um equivoco lamentável, esqueci de incluir o nome de Rosinha, esposa do abnegado irmão Cordeiro.

No sábado, 20 de agosto, por ocasião de nossa festa do dia dos maçons ela, de forma sutil e educada, estranhou e questionou a ausência de seu nome entre aquelas cunhadas homenageadas. Rosinha, me penitencio pelo esquecimento e prometo em outra ocasião me redimir da falha cometida; no entanto, há males que vêm para o bem.

Esse equívoco ensejou a oportunidade de conhecer a outra faceta da Rosinha Samaritana e esposa dedicada: à de filha extremada ao acompanhar, estóica, sofrendo no âmago do seu espírito a doença e as dores daquela que distribuiu sem economizar amor com cada um dos filhos, ao suprir com sua ação de verdadeira matriarca a ausência do marido.

Desta forma, Dona Tudinha legou aos futuros genros mulheres curtidas na luta pela sobrevivência digna, temperada com muito amor. Rosinha, continue em seus momentos de solidão que todos nós o temos, a lembrar daquela criatura de luz pois, a cada recordação, a cada saudade, faz-se presente a energia dela emanada a retemperar você a enfrentar e a superar os desafios diário posto em seu caminho pelo grande arquiteto do universo.

Desculpe-me mais uma vez; porém, permaneça firme no trabalho filantrópico a distribuir solidariedade e amizade entre aquelas pessoas que desfrutam de sua convivência amiga. Assim, estará a reforçar a corrente da fraternidade e da filantropia na maçonaria de Pernambuco.

Data: 23/08/2005

ANTONIO LUIZ DE FRANÇA FILHO

Academia Maçônica de Letras de Olinda

Cadeira nº 23 - antoniofranca12@yahoo.com.br

ANTONIO FRANÇA
Enviado por ANTONIO FRANÇA em 20/08/2011
Reeditado em 25/08/2011
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