TUDO É PERMITIDO, MAS NEM TUDO CONVEM.
Reportei-me ao “Jardim do Eden”....Deus faz surgir o homem do pó da terra e sopra em suas narinas o fôlego da vida tornando-o uma alma vivente e determina: “És de todo livre para se alimentar de toda árvore aqui existente, todavia abstenha-se daquela que se encontra bem no centro do Jardim!
A “serpente” sorrateiramente, usando seu encantamento e fascínio, convence Eva, que não resistindo à “tentação” prova da “coisa proibida” e, satisfeita com o prazer induz Adão à experimentação. Desobedecendo à ordem do Criador tentam ocultar-se escondendo a nudez descoberta. Mesmo diante da transgressão, Sua infinita misericórdia reconhecendo o despertar de suas consciências na admissão do “erro”, convidam à todos a experimentar o seu alimento mais amargo: A lei de Causa e Efeito.
Para minimizar o peso da consciência começa o jogo do “empurra-empurra”, “sobrando” prá rastejante vilã a culpabilidade de toda a desgraça.
CONTEXTUALIZAÇÃO.
Os perfis da personalidade destes três personagens habitam ainda dentro das criaturas. A vulnerabilidade de Eva, o deixar-se induzir de Adão, a curiosidade de ambos, a capacidade de influenciação positiva ou negativa, a dissimulação da verdade colocando a responsabilidade nas “costas alheias”. Embora incorrendo no erro inconsciente, em determinado momento surge o sentimento de culpa apontando a falha e a disposição do acerto pelo incômodo dos efeitos resultantes.
Paulo de Tarso alerta sobre que mesmo diante de toda liberdade de escolha que nos disponibiliza a compaixão divina, jamais poderemos nos sentir tão “senhores” assim da utilização deste instrumento, pois existem limitações impostas pela Lei de Causa e Efeito que mais cedo ou mais tarde produzirá seus resultados chamando-nos às responsabilidades devidas. As duas portas citadas por Jesus estão sempre nos convidando à adentrá-las. Em ambas são disponibilizados tudo que ansiamos a fim de atender aos nossos desejos ou necessidades. Viver é priorizar escolhas. As nossas inclinações instintivas e tendenciosas atentar-nos-ão como a “serpente” do relato bíblico e como evasiva, justificaremo-nos como imperfeitos ainda para alívio da “barra pesada” que virá com certeza!
Lembro-me agora de uma expressão muito usada pelos escoteiros: “SEMPRE ALERTA”, E Jesus nos alertando para a vigilância.