À Moça

Ela tinha o dom de chorar,chorava repentinamente.Pela manhã ela chorava por não ver quem queria tanto ver ao lado.À tarde chorava por não ter com quem conversar se quer uma palavra.À noite,chorava mais ainda pois não havera ninguém para acompanhá-la em sua refeição.Seu cotidiano era ssim,sempre lamentando-se,murmurando e chorando,era como se à vida fosse um poço negro.

Moça triste e risonha,feliz e debochada.

Sentada na cabeceira da cama lembra da noite anterior,quando tivera um encontro,o primeiro encontro depois do precesso de separação.Lembra-se que no restaurante com o príncipe encantado Fernando,nunca se sentiu princesa como se sentirá na hora.

Se conheceram em uma fabulosa história de novela;olhar marcante,uma retomada do chão linda com mãos a se cruzarem,uma linda troca de olhar que só em novela se vê.

Oprimida e sem graça,à moça agradece pelo feito do já imaginado príncipe,e o príncipe encantado pergunta-lhe o nome.

-Posso saber a sua graça?Pergunta educado e com olhar obseno.

-Martha,diz à moça encantada com o olhar do príncipe.

Quando o prícipe lhe perguntara o nome parecia-lhe que ia morrer,o coração disparou,a pressão subiu,e por um momento esqueceu-se do processo.

Pegou seu número e o ligou dias depois.Marcaram seu primeiro encontro,era como se uma música da Whitney tocassa em seus ouvidos,primeiro encontro,primeiro beijo,primeira noite.Muito feliz à moça estava,tinha se separado do ''diabo'' e tragado o príncipe!

Ficaram felizes!

Na cabeceira com lágrimas nos olhos à moça chorava.E já que estava numa de recordações lembra também que no último encontro que tivera com o príncipe,lembra da vergonha que passara.Numa empolgação,a rapariga bebeu,e a príncesa do príncipe tornou-se a bruxa da Branca de Neve.

Com às horas avançadas e ainda acordada,chora muito mais ao lembrar desse capítulo ruim e esquisito em sua vida,apesar de esquisito era um capítulo do cotidiano,tão era que o ''diabo'' de quem se separou a deixou pelo mesmo.

Lembrando disso tudo começa a chorar,e arrependender se

repentinamente do que havia feito,mas era tarde demais o príncipe já havia ido e mudado o número.

Infeliz moça!Pobre coitada,por não controlar seu descontrole,não era feliz e nem vivia um conto de fadas como sempre sonhou.No outro dia pela manhã chorou novamente,à tarde a tristeza se repetia,à noite conhecera no trem um rei,que de nome Leandro transformou seu coração podre,e mais uma vez persistiu em ser personagem de um conto de fadas,e mais uma vez iludiu-se com o final feliz.