Um motivo. Ou, um desabafo.
Faz tempo que eu não escrevo, porque a falta de inspiração me persegue. Ou é simplesmente o medo, de não ser tão boa quanto me pintam. Seria coisa assim, se Monalisa, ainda estivesse viva, apenas escondida em alguma aldeia da Europa e de repente recebesse o convite para aparecer na mídia na atual, tomando conhecimento da fama que alcançou, teria medo de que não a achassem tão bela, tão misteriosa. Todos se decepcionariam se soubessem que aquele fora apenas um sorriso bobo, que inventara na hora, por mero acaso. Por que os homens têm tanto medo do simples? Porque a resposta não pode ser simplesmente esta?
Já discuti muito com uma amiga sobre isso. Interpretação das idéias alheias. Por que diabos, as músicas têm que ser sempre intelectualizadas, cheias de críticas, duplo sentido?? Porque temos que ter preconceito quanto à isso? Qual o problema de se gostar de pop? Rap? Funk? Não, eu não gosto de rap e funk, mas não vejo mal nisso. Quem garante que muitas das músicas eleitas como “divas” não são apenas momentos de inspiração simples e no fundo nem demonstram um sentimento verdadeiro?
Porque o autor mente a sua dor.
Por que deixariam de ser boas? Se significam um sentimento pra quem ouve??
Por isso tenho medo. Porque sou muito menos do que pensam. Sou apenas uma menina, agora, determinada a fazer o que acredito e foi por isso que não apaguei meu último texto, apesar da confusão. Porque quando acredito em algo, sou fiel a isso, mesmo que custe uma amizade, um amor, uma nota. Não é teimosia, ou simplesmente seja.
Queridos leitores, não percam tempo decifrando as mentes dos que escrevem, dos que falam, pintam ou cantam, apenas decifram(não sei se isso está certo) suas próprias mentes e o que simplesmente cada arte representa pra você.
Não julguem a ficção, não se apavorem com palavras, apenas sintam o que tocam em você.
Por isso, mais uma vez sou contra a interpretação de texto carrasca, fechada numa quadrada resposta: “O que o autor quis dizer com isso?”
Eu? Apenas pergunto: o que você acha?