Futuro ameaçado
Há momentos que o meu desejo é de que eu pudesse me teletransportar, viajar no tempo e voltar à época em que criança respeitava os mais velhos, só falavam quando eram solicitados e viam na professora, a segunda pessoa depois de sua mãe.
Há momentos em que me entristeço por não poder fazer por eles, tudo o que eu gostaria no sentido deles aprenderem, evoluírem como alunos, intelectualmente, mas principalmente como seres humanos.
Que pena eles não terem uma estrutura familiar, que os oportunize o exercício da convivência pacífica, o respeito aos mais velhos e experientes, ou simplesmente o respeito ao outro. Que pena que eles não tenham quem os ensine o verdadeiro sentido da amizade, da camaradagem, da fraternidade, da solidariedade e da promoção da paz.
Temo o futuro, as mentes que estão sendo formadas mas não estão sendo sedimentadas pelo sentimento do amor, da união, da empatia, da harmonia. Pobres crianças, futuros pobres adultos, vazios, angustiados, desnorteados, perdidos. Que Deus os iluminem a tempo, é essa a minha esperança de hoje, e farei tudo no sentido de que seja essa também, a minha esperança de amanhã.