Quando a filha chorou
Fico abismado como pessoas tão ilibadas são acusadas nesse tiroteio à êsmo dentro da cúpula política do país. Homens e mulheres, só porque ganharam uma bolsa da FGV, uma instituição tão "caridosa" com os desvalidos de lingua presa. Ou ainda quando os puxa-sacos de plantão, daqui ou d'álem-mar insistem em pagar despesas ou conceder títulos honoríficos à mancheias; ou apenas porque multiplicaram seu patrimônio duas dezenas de vezes graças a golpes de sorte, ou outros antes que ganharam milhares de vezes nas loterias do governo, ou viraram empresários de sucesso sem necessitar do papai, ou do avô, ou do tio. Nada a ver que proteções a empresas associadas com filhos, noras, genros. Imagina se alguém seria capaz de traficar influência com tubarões lobbystas ou empresários de peso, ou magnatas das comunicações, ou dirigentes internacionais de empresas multi. Só porque alguns dos dez honestos do círculo mais próximo do poder viajaram de jatinhos, tiraram férias em resorts, navegaram em iates de ricaços, buscaram charutos e dólares no Caribe, e forraram as caixa com papel moeda para evitar danos ao conteúdo. Imagine só. Esse fascismo denuncista não pode continuar nestas terras abençoadas, de um povo ordeiro, saudável, culto e politizado, tão politizado que escolhe seus representantes na nata do que há de melhor na sociedade. Tão bons que alguns estão no "pudê" desde o descobrimento, e os novos mais recentemente empossados são luminares e expoentes do melhor que a sociedade pode e oferece a cada dia na televisão. Um palhaço, um agressor de mulheres, e outros tantos frequentadores dos noticiários escandalosos. Oh! Senhor dos justos, onde estás que permites que tantas denúncias caluniosas afetem a honra, a familia e o bom nome de seus filhos fiéis.
Se eu fôsse um Paulo Láparo, escreveria um manifesto intitulado "Na Piedra do espelho d'água do Palácio, eu sentei e chorei"