Formação docente
Organizado pela UNESP e pelo MEC, neste mês de agosto, dias 15 a 17, realiza-se em Águas de Lindóia – SP, o XI Congresso Estadual Paulista e o I Congresso Nacional de Formação de Professores. São mais de mil professores vindos de quase todos os Estados da Federação, um formigueiro humano na pacata cidade balneário.
A escola há de ser sempre o território privilegiado da troca e da interação das idéias e das experiências, dentro do clima caloroso do afeto e da amizade, laboratório fértil das memórias e das lembranças que manterão o passado e o futuro em compreensiva harmonia, equacionando com sabedoria o humano e o técnico.
Penso não ser fácil imaginar quanto o país investe anualmente naquilo que as autoridades chamam de educação. O cálculo é astronômico.
Se me consultassem sobre preferência a uma escola sofisticada em aparatos de informática, mas com material humano discutível, frente a uma escola modestamente dotada no equipamento informático, mas com material humano de qualidade, eu não vacilaria um instante em optar por esta escola, humanamente melhor.
É claro que o ideal é equacionar o humano e o técnico. A escola nunca deverá minimizar o humano. Antes deverá valorizá-lo cada vez mais. O corpo docente é a alma da escola. O aluno é a matéria prima. O produto dessa oficina maravilhosa tem como destinatárias a sociedade e a História. Quando isso deixar de funcionar ( e já não anda funcionando muito bem), chegaremos ao auge da insensibilidade e da brutalidade, com conseqüências inevitáveis e trágicas.
Deus fez do ser humano a obra-prima da criação. E esse é o seu lugar.
A UNESP e o MEC, “por uma política nacional de formação de professores” promovem a sabedoria demonstrando que compreendem o ser humano oferecendo-lhe aquilo de que mais necessita.
É ciência saber o que os professores pensam. É sabedoria pensar sobre as coisas e os fatos, tirar lições e descortinar novos caminhos.