Em busca da liberdade

Mas, o que é liberdade?

Vejo muitas pessoas se perderem nessa busca, sem que entendam o real sentido do que seja liberdade. Com isso terminam presos: em vícios ou na própria solidão; às vezes, escravos de tendências que surgem, todos os dias e que vêm ao encontro de interesses capitalistas, sem acrescentar nada que possa realmente elevar-nos ou fazer-nos, verdadeiramente, livres.

Pensar no mundo de hoje é um desafio. Muitas vezes, vejo pessoas que se veem presas às opiniões alheias, talvez, por julgarem ser mais fácil do que pensar suas próprias. Decisões são tomadas em frações de segundos e os efeitos podem durar anos ou toda uma vida. Mas, então, o que é ser livre?

Não existe liberdade sem responsabilidade. Pois, um ser livre é aquele que interage perfeitamente com o ambiente em que vive e com seus semelhantes, seja preservando-os ou transformando-os.

Penso que ser livre é ter opinião própria e, para isso, é preciso ter personalidade. É preciso moldá-la com valores e percepção de mundo, que estão sendo esquecidos gradativamente. Isso porque estamos nos acostumando a não questionar. Os questionamentos nos levam a buscar melhores soluções para resolução de conflitos. Nossa passividade está nos levando a uma condição de alienação cultural, fazendo com que percamo-nos em nossos próprios sentimentos.

Ser livre é gostar de Chico, Vinicius, Jobim sem importarmo-nos que nossa geração escuta rock. É escutar rock pelo gosto de ouvir e não porque alguém me diz que é moda. Ter liberdade é fazer a própria moda.

É ler clássicos da literatura para entender os contemporâneos.

É perdoar. Ser orgulhoso por ter Deus no coração e amar o bem. É andar de cabeça erguida e viver com dignidade. Dignidade, bom sinônimo para liberdade. Penso que para se alcançar liberdade não é preciso grandes malabarismos; ser popular ou afortunado; não é preciso ser igual ou diferente de todos; basta, apenas, ser autêntico.