A Sombra
Muito se fala na sombra como o duplo de nós mesmos. Qual este significado? O homem ”normal” é aquele que duvida, possui conflitos; neste sentido, carregamos a nossa sombra e, como tal, muda de acordo com a incidência e a direção da luz. Poderemos, também, considerar o espelho como reflexo do nosso corpo, sendo que esta imagem pode ser fiel ao que esperamos encontrar ou distorcer a nossa imagem, de acordo com o que pensamos no momento. Lembro de um caso de uma garota anoréxica que ia ao centro da cidade e onde encontrasse uma balança em uma farmácia ela se pesava. Ficava preocupada com pequenas diferenças em seu peso. Olhava em casa no espelho e se enxergava gorda, quando definhava a cada dia. Há dias que olhamos o espelho e é desanimador, em outros é como se fossemos donas(os) do mundo, pelo que percebemos. Significa que o olhar é determinado pelo que se está pensando.
Voltando à sombra que é algo inerente a cada ser.Ela não nos larga. Quem não gostaria de poder enviar a sombra para acompanhar o nosso objeto de amor? É um desejo que pode surgir emanado da profundeza do nosso ser.
Hans Christian Anderson elaborou um texto “A sombra”, em 1847. Descreve como há o desejo de se estar perto da pessoa amada. O triste é que a amada continua sua vida, independente, acumulando fortunas, freqüentando a alta sociedade e, quando encontra o homem de quem se separou, o obriga a servi-la e a servir-lhe de sombra. Não é bem o que se espera de quem se ama. O subjugo, a submissão e a humilhação estão longe do que é afeto e amor. Mas aí vem o surpreendente no conto, ao se inverter a situação e a sombra “se torna um patrão implacável e inimigo; o reencontro da sombra é uma condenação.”
Entrando no imaginário, cria o autor uma história em que um sábio vivia em terras frias; resolve morar em terras quentes. Por permanecer muito tempo em casa, por causa do calor excessivo, emagreceu e sua sombra murchou.Só quando o sol se punha é que o homem se juntava à sua sombra. A sombra se animava com a luz da vela e crescia.Um dia o senhor descobriu que sua sombra havia partido. O senhor retorna às terras frias. Inesperadamente a sombra retorna e lhe propõe inverter a posição. O sábio tentava divulgar o bem e o belo, embora as pessoas não estivessem interessadas. O sábio aceita a condição de se tornar sombra, mas um dia o novo senhor conhece uma princesa e se apaixona. A sombra, como era sábia, fala-lhe sobre o sol, a lua e sobre os homens por dentro e por fora. A princesa ficou feliz com tanta sabedoria. O senhor para se livrar da sombra sábia, afirma que ela estava enlouquecida, induzindo à princesa para encarcerá-la até à morte.
Muitas vezes elaboramos diálogos internos, como se estivéssemos conversando “com nossos próprios botões” e optamos por encarcerar algumas verdades que incomodam, ou algumas fraquezas que insistem em prevalecer, por exemplo. Saber qual o momento de prender ou soltar a sombra vai depender da reflexão, das ponderações, da lucidez para agir, crendo que visamos acertar, mas se cometermos erros, saber ressuscitar a sombra para fazer novas tentativas buscando os acertos.
Muito se fala na sombra como o duplo de nós mesmos. Qual este significado? O homem ”normal” é aquele que duvida, possui conflitos; neste sentido, carregamos a nossa sombra e, como tal, muda de acordo com a incidência e a direção da luz. Poderemos, também, considerar o espelho como reflexo do nosso corpo, sendo que esta imagem pode ser fiel ao que esperamos encontrar ou distorcer a nossa imagem, de acordo com o que pensamos no momento. Lembro de um caso de uma garota anoréxica que ia ao centro da cidade e onde encontrasse uma balança em uma farmácia ela se pesava. Ficava preocupada com pequenas diferenças em seu peso. Olhava em casa no espelho e se enxergava gorda, quando definhava a cada dia. Há dias que olhamos o espelho e é desanimador, em outros é como se fossemos donas(os) do mundo, pelo que percebemos. Significa que o olhar é determinado pelo que se está pensando.
Voltando à sombra que é algo inerente a cada ser.Ela não nos larga. Quem não gostaria de poder enviar a sombra para acompanhar o nosso objeto de amor? É um desejo que pode surgir emanado da profundeza do nosso ser.
Hans Christian Anderson elaborou um texto “A sombra”, em 1847. Descreve como há o desejo de se estar perto da pessoa amada. O triste é que a amada continua sua vida, independente, acumulando fortunas, freqüentando a alta sociedade e, quando encontra o homem de quem se separou, o obriga a servi-la e a servir-lhe de sombra. Não é bem o que se espera de quem se ama. O subjugo, a submissão e a humilhação estão longe do que é afeto e amor. Mas aí vem o surpreendente no conto, ao se inverter a situação e a sombra “se torna um patrão implacável e inimigo; o reencontro da sombra é uma condenação.”
Entrando no imaginário, cria o autor uma história em que um sábio vivia em terras frias; resolve morar em terras quentes. Por permanecer muito tempo em casa, por causa do calor excessivo, emagreceu e sua sombra murchou.Só quando o sol se punha é que o homem se juntava à sua sombra. A sombra se animava com a luz da vela e crescia.Um dia o senhor descobriu que sua sombra havia partido. O senhor retorna às terras frias. Inesperadamente a sombra retorna e lhe propõe inverter a posição. O sábio tentava divulgar o bem e o belo, embora as pessoas não estivessem interessadas. O sábio aceita a condição de se tornar sombra, mas um dia o novo senhor conhece uma princesa e se apaixona. A sombra, como era sábia, fala-lhe sobre o sol, a lua e sobre os homens por dentro e por fora. A princesa ficou feliz com tanta sabedoria. O senhor para se livrar da sombra sábia, afirma que ela estava enlouquecida, induzindo à princesa para encarcerá-la até à morte.
Muitas vezes elaboramos diálogos internos, como se estivéssemos conversando “com nossos próprios botões” e optamos por encarcerar algumas verdades que incomodam, ou algumas fraquezas que insistem em prevalecer, por exemplo. Saber qual o momento de prender ou soltar a sombra vai depender da reflexão, das ponderações, da lucidez para agir, crendo que visamos acertar, mas se cometermos erros, saber ressuscitar a sombra para fazer novas tentativas buscando os acertos.