Memórias de um passado distante
Pra você ver quanta porcaria já fiz nesta vida.
Combustível de foguete não. Fiz muita bomba, misturando pólvora de cabeça-de-negro com a preta comum.
Eu e um amigo já falecido, o Humberto. Como envoltório para a bomba, usávamos bambu gigante. Ideal! Pavio de dinamite, que furtamos numa pedreira. Quinze centímetros de pavio são ideais, dá para uma corrida de um quarteirão. Fuga tranquila.
Quando explode é um estrago só, fora o barulhão. Derrubamos o muro do Bispado com a nossa Neca VI, poderosa. Claro que minutos depois chegava a polícia, e nós cinicamente olhando o estrago.
Ninguém sabia que éramos nós os autores da sacanagem, e nossa intenção não era derrubar o muro, só fazer um buraco. Mas colocamos a Neca VI muito baixa, rente ao chão, e ela possuía tamanho maior do que as anteriores, levou mais pólvora, com o espaço de ar suficiente para uma boa explosão.
Não foi mole. Corremos para o Campo de São Bento. Fez um clarão da moléstia quando a traquitana explodiu.
Rimos às gargalhadas, mas quando olhamos o muro caído, espantou. Não era nosso desejo, e juntou muita gente, que não se aproximou muito do lugar onde foi cometido "o atentado contra a Igreja Católica", como os jornais noticiaram no dia seguinte.
Jornalista inventa demais. Atentado coisa nenhuma, era puro vandalismo de adolescentes.
Outra história de um passado distante.
Resposta a um e-mail de amigo.
Pra você ver quanta porcaria já fiz nesta vida.
Combustível de foguete não. Fiz muita bomba, misturando pólvora de cabeça-de-negro com a preta comum.
Eu e um amigo já falecido, o Humberto. Como envoltório para a bomba, usávamos bambu gigante. Ideal! Pavio de dinamite, que furtamos numa pedreira. Quinze centímetros de pavio são ideais, dá para uma corrida de um quarteirão. Fuga tranquila.
Quando explode é um estrago só, fora o barulhão. Derrubamos o muro do Bispado com a nossa Neca VI, poderosa. Claro que minutos depois chegava a polícia, e nós cinicamente olhando o estrago.
Ninguém sabia que éramos nós os autores da sacanagem, e nossa intenção não era derrubar o muro, só fazer um buraco. Mas colocamos a Neca VI muito baixa, rente ao chão, e ela possuía tamanho maior do que as anteriores, levou mais pólvora, com o espaço de ar suficiente para uma boa explosão.
Não foi mole. Corremos para o Campo de São Bento. Fez um clarão da moléstia quando a traquitana explodiu.
Rimos às gargalhadas, mas quando olhamos o muro caído, espantou. Não era nosso desejo, e juntou muita gente, que não se aproximou muito do lugar onde foi cometido "o atentado contra a Igreja Católica", como os jornais noticiaram no dia seguinte.
Jornalista inventa demais. Atentado coisa nenhuma, era puro vandalismo de adolescentes.
Outra história de um passado distante.
Resposta a um e-mail de amigo.